Juros ainda em patamares proibitivos segue como fator de contenção de uma demanda interna que tem todo potencial para ganhar ainda mais musculatura
Marcos Gonzalez*
Os bons ventos voltaram a soprar para a indústria automotiva. O segundo semestre prometia, e vem cumprindo com louvor, dias bem melhores em termos de vendas, produção e, o que é mais animador, exportação. A redução do IPI deixa claro que, em termos de impostos sobre produto industrializado, menos sempre vai significar mais: vendendo-se mais automóveis, com o atrativo da redução nos preços, arrecada-se, naturalmente, mais tributos para os cofres públicos.
Juros ainda em patamares proibitivos segue como fator de contenção de uma demanda interna que tem todo potencial para ganhar ainda mais musculatura. Já a demanda externa, com muitos mercados livres de juros abusivos, vem trazendo alegrias para o pessoal de exportação das montadoras: foram 46,8 mil unidades exportadas em agosto deste ano, registrando expansão de 58,9% em comparação com o mesmo mês do ano passado (29,4 mil veículos “made in Brazil” enviados aos mercados da América do Sul, África e do Oriente Médio).