Ele favorece empresas de primeira geração, que produz compostos básicos derivados de petróleo e de segunda geração, que fabrica termoplásticos
Renato Promenzio*
Nos cinco primeiros meses de 2022, o déficit da balança comercial de produtos químicos atingiu US$ 23,5 bilhões, valor 59,4% maior quando comparado com o mesmo período de 2021. O saldo negativo nos últimos 12 meses é recorde, sendo que entre junho de 2021 a maio de 2022, as importações somam US$ 71,4 bilhões e as exportações apenas US$ 16,4 bilhões. E o déficit pode continuar aumentando.
Para Ciro Marino, presidente-executivo da Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química, esses números confirmam o enorme potencial do mercado doméstico brasileiro, mas, simultaneamente, comprovam a alarmante dependência externa em produtos que poderiam ser fabricados localmente em condições competitivas mais favoráveis.