Marcos Gonzalez*
Com 155,1 mil automóveis emplacados em setembro deste ano, resultado 10,2% inferior a agosto, as montadoras encaram a dura realidade de mais um ano atípico: não é mais a pandemia que trava os negócios, mas suas nefastas consequências que colapsou a logística global de fluxo de autopeças e, como consequência indesejável, forçou uma elevação extraordinária nos preços dos insumos e nos custos logísticos, nunca antes observada.
Fábricas em todo o mundo estão trabalhando bem abaixo da capacidade. No Brasil não é diferente, mas o problema aqui pode ser ainda mais prolongado. Esse é um fato inédito na história econômica do mundo: a demanda existe e está aquecida, contudo faltam insumos, primeiro porque a logística global, especialmente marítima, está muito abaixo do regular e segundo porque a Internet das Coisas (IOT) exige que produtos sejam equipados com mais chips que, até pouco tempo, eram utilizados basicamente pelas indústrias de computadores, celulares e games.