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19 de julho de 2010

ENCONTRO DE VINHOS



Está chegando o Evento “Encontro Papo de Vinho e Vinhos de Corte”.

Beto Duarte (http://papodevinho.blogspot.com) e Daniel Perches (www.vinhosdecorte.com.br) organizaram o evento, que contará com mais de 20 expositores e mais de 100 vinhos diferentes. O local escolhido é o espaço de eventos do Hotel San Raphael, que fica no Largo do Arouche, no centro da cidade. O hotel possui fácil acesso e ótima infra-estrutura.

O evento será no dia 05 de agosto (quinta-feira) e terá início as 15h e término as 22h. Além dos expositores, haverá também a participação dos queijos Tirolez, com produtos nacionais e importados. Serão servidos também 4 tipos de massas, oferecidas pelo hotel.

Durante a feira haverá a eleição dos vinhos Top5. Uma comissão técnica formada por Sommeliers, jornalistas, blogueiros e profissionais da área julgará às cegas os vinhos para escolher os melhores. O resultado será divulgado na feira.

Os expositores venderão seus produtos, inclusive com alguns descontos exclusivos.

Os ingressos poderão ser adquiridos no dia da feira e tem um valor de R$ 50,00, com direito a livre acesso a toda a feira, durante todo o período.

Veja abaixo os expositores do evento:
Aromas do Vinho - www.aromasdovinho.com.br
Cantu - www.cantu.com.br
Cave Jado www.cavejado.com.br
D´Olivino - www.dolivino.com.br
Dyade52 - www.dyade52.com.br
Eivin - www.eivin.com.br
Emporio Sório - www.emporiosorio.com.br
FTP Wines - www.ftpwines.com.br
Interfood Classics - www.interfood.com.br
IXE - www.pietrobeconcini.com
MIB - La Fortuna - www.lafortuna.cl
Miolo - www.miolo.com.br
Mr.Man - www.mrman.com.br
Pacific Importados - www.pacificimportados.com.br
Pago Casa Gran - www.pagocasagran.com
Pizzato – www.pizzato.net
Ravin www.ravin.com.br
SP Gourmet - www.saopaulogourmet.com.br
Tempus Alba - www.tempusalba.com
Vinhosul - www.vinhosul.com.br
Wine Lovers - www.winelovers.com.br

Informações: Encontro Papo de Vinho e Vinhos de Corte Data: 05 de agosto de 2010 Horário: Início as 15h e término as 22h Endereço: Hotel San Raphael – Largo do Arouche, 150 – São Paulo Valor do ingresso: R$ 50,00
Mais informações: Beto Duarte – betoduarte66@terra.com.br / (11) 9108-5781 / http://papodevinho.blogspot.com Daniel Perches – daniel@vinhosdecorte.com.br / (11) 8453-0001 / http://www.vinhosdecorte.com.br Site: www.encontrodevinhos.com.br

24 de junho de 2010

Inverno no Restaurante La Cabana tem bons vinhos, carnes especiais e tango

Parrillero comenta os destaques da carta de vinhos e dá opções de harmonização


O inverno já chegou. E nada melhor do que aquecer o corpo com um bom vinho, uma refeição saborosa e boa música. O restaurante La Cabaña, parrilla argentina instalada em Moema - já se preparou para sugerir o que há de melhor aos clientes da casa.

Quando o assunto é vinho, o chef parrillero e sommelier argentino Juan Rodriguez, ressalta que constam na carta da casa excelentes vinhos produzidos na Argentina e Chile. “Quando solicitado, faço sugestões levando em conta que os vinhos tintos acompanham bem as carnes vermelhas com molho Chimichurri – elaborado com ervas, azeite, óleo de girassol e vinagre – e recomendo as uvas sempre de acordo com o paladar de cada um”.

Confira algumas harmonizações recomendadas por Rodriguez:

Pinot Noir – Trata-se de uma uva mais suave, com aroma frutado. Um dos rótulos disponíveis é o argentino Alamos, que harmoniza com Corazon de Cuadril (Alcatra, cortada em fibras curtas, grelhada por fora e suculenta por dentro). Como entrada, Salada Iraí (alface, tomate, rúcula, palmito e azeitonas); como acompanhamento, Arroz à Grega, feito com pedaços de legumes selecionados.
Bonarda – Antes conhecida como Borgonha, essa uva faz um vinho com sabor mais ardido, entre ácido e suave. “É o próprio sabor de vinho”, define Rodriguez, que sugere a combinação do argentino Alamos com carnes como o Vacio (Fraldinha, cortada em fibras longas, que dão um sabor único), acompanhado de uma guarnição como a Farofa elaborada com ingredientes selecionados.
Malbec – Uma das mais tradicionais uvas argentinas faz um vinho de sabor especial. Dentre os rótulos disponíveis, Rodriguez destaca o argentino Catena, com excepcional processo de produção. “Vai bem com uma salada simples (Jurucê), pão e pedaços de queijo provolone”, sugere, acrescentando que os melhores pratos que harmonizam com esse vinho são o Bife de Chorizo (contrafilé traseiro de novilho, sem osso) e a Costillla de Cedro (costelinhas de porco grelhadas), que podem ser acompanhados do Arroz La Cabaña (com presunto, ovo, azeitona e salsinha).
Cabernet Sauvignon – É a uva mais apreciada por quem gosta de vinho tinto. Uma das boas marcas disponíveis é a argentina Catena, de sabor levemente ácido, com paladar e aroma agradáveis. Harmoniza com Colita de Cuadril (peça que faz parte da alcatra, com fibras resistentes e sabor peculiar). Para acompanhar, a sugestão é a Batata Provençal – que dispensa o arroz. Ela é cozida e depois frita com alho e cheiro verde.
Syrah – Trata-se de uma uva de sabor suave, com aroma e paladar bastante frutados. Por sua delicadeza, combina bem com carnes de frango ou avestruz. O rótulo selecionado pelo sommelier é o argentino Lodelia. Para acompanhar, a suavidade da Abobrinha Grelhada (fatias de abobrinha assadas com alho e cheiro verde).
Merlot – Preferido por quem gosta de vinhos encorpados, tem vários rótulos de boa procedência produzidos em países latino-americanos. A sugestão de Rodriguez é o “exótico e encorpado” chileno Casa L’ Apostole. Uma ótima harmonização são as carnes feitas apenas com sal e na brasa – uma delas o Ojo del Bife (contrafilé dianteiro ou contrafilé de costela, entremeado com gordura), acompanhado de Berinjela em fatias assadas com alho, cheiro verde e azeite.

Tango para completar o ‘espírito’ argentino – Para quem aprecia não só a culinária, mas também a cultura Argentina, vale degustar os vinhos e as delícias do cardápio ouvindo tango. Às quintas-feiras, o grupo Che Bandoneon Tango Show apresenta música e dança, em três entradas de 30 minutos a partir das 21 horas. É composto por cinco músicos: Negrito (único uruguaio entre argentinos,toca bandoneon e baixo elétrico); Juan Barrera (guitarra e voz); Miguel Morganti (bandoneon), e o cantor Alberto Cabaña. O casal de dançarinos é brasileiro: Maurício Sarrazani e Vanessa Lorenzo. Leonardo Larrosa é o responsável pela direção artística e produção. No repertório, tangos clássicos de Piazzolla a Gardel.

Confira outras atrações musicais:
Às sextas-feiras, a partir das 21h30, o cantor Tony Francis apresenta música sertaneja – moderna e tradicional –, acompanhado de banda;
Aos sábados, a partir das 21h30, duas atrações: Jorge canta o melhor da MPB; e Turíbio, os mais clássicos boleros. Ambos revezam-se, acompanhados de banda.

Serviço:

Restaurante La Cabaña
Categoria: Parrilla Argentina
Endereço: Avenida Moema, 218 – esquina com Alameda Maracatins. Estacionamento com valet, a R$ 10
Reservas, informações e delivery: 5052-7612
Capacidade: 180 pessoas (salão climatizado)
Cartões: Todos (crédito e débito), além de tíquetes-refeição eletrônicos
Site: http://www.lacabanaparrilla.com.br/

8 de junho de 2010

Restaurante em São Paulo lança pizza verde e amarela e promoção que remete o torcedor ao país sede da Copa do Mundo 2010



Em clima de Copa do Mundo, A Tal da Pizza preparou novidades que farão o torcedor vestir a camisa. Em homenagem à seleção brasileira, o restaurante lança uma pizza verde e amarela, que ganha o nome de “Dourada” - e leva queijo mussarela de búfala defumado, pesto de manjericão e pinoles na manteiga, dando um gostinho a mais aos jogos do Brasil.

Para dar sorte, a partir de 15 de junho, data de estreia da seleção canarinho no campeonato, as duas unidades A Tal da Pizza: da Granja Viana (Rua Meandro, 430 – Granja Viana - 11 4612-0198/11 4702-2783 – 250 lug.) ou da Mário Ferraz (Rua Dr. Mário Ferraz, 351 – Itaim Bibi - 11 3079-3599/11 3079-3609 – 110 lug.) lançam a promoção “No País da Copa”, onde o cliente que pedir a marca de vinho oficial do torneio, o sul-africano Nederburg , levará para casa a bola de futebol oficial da marca. São três edições limitadas de vinho, feitas exclusivamente para a Copa 2010: Cabernet Sauvignon, Dry Rose e Sauvignon Blanc.

Durante o campeonato, a casa estará aberta em seus horários regulares de funcionamento - Granja Viana, de quarta a domingo, a partir das 19h00, e Mário Ferraz, todos os dias, a partir das 18h00. Cc: Todos, exceto Mastercard. As duas casas possuem estacionamento no local.

A promoção é válida até o final da Copa.


Sobre a Tal da Pizza:

Inaugurada em 1990, A Tal da Pizza (www.ataldapizza.com.br) é considerada uma das tradicionais pizzarias de São Paulo. Sua matriz está localizada na Rua Meandro, 430 – Granja Viana, funcionando em um sítio, o que garante ao ambiente um clima informal, bucólico, aconchegante e de despojada sofisticação. No local, os clientes circulam pelos salões e pela cozinha como se estivessem nas suas próprias casas. Abrem as geladeiras onde ficam as bebidas, levando ao pé da letra o estilo self-service. As pizzas são degustadas com as mãos, como manda a tradição napolitana. Fornos duplos, alguns carros antigos de colecionador, peças de antiquário e um piano de cauda completam o cenário. Sua filial, localizada na Rua Mário Ferraz, 351 – Itaim Bibi possui decoração em peças clássicas, que remetem às décadas passadas. O som do piano bar traz um ar intimista à casa.

Endereços:

Matriz – A Tal da Pizza: Rua Meandro, 430 – Granja Viana, 11 4612-0198 - De quarta a domingo (com pianista as sextas e sábados), a partir das 19h00 até o último cliente.

Filial – A Tal da Pizza: Rua Dr. Mário Ferraz, 351 – Itaim Bibi – 11 3073-3606 – Todos os dias, a partir das 18h00, com piano a partir das 20hs, menos as segundas-feiras.

Sugestão Alpha Lazer: Sopa e vinho

Será que dá certo?

Texto por:Daniel Perches

Com o tempo frio chegando, vem também os pratos mais quentes. E aí a sopa torna-se prato presente em praticamente todas as casas. São sopas de legumes, minestrones, caldos, sopa dentro de pão italiano, enfim, existem inúmeras formas de se fazer a sopa.
Mas junto com a sopa vem a dúvida: qual vinho beber? Dá pra combinar sopa com vinho?
Fiz um teste com um creme de abóbora com frango que foi muito bem. Dessa vez usei um vinho que eu já conhecia, pois eu queria algumas características específicas. Precisava de um vinho mais encorpado e também frutado. Um Malbec argentino foi a escolha.
Veja o vídeo e dê a sua opinião. Você combina vinho com sopa?




Saúde!

19 de maio de 2010

O frio está chegando. Vamos de vinhos tintos


Na época do calor, falamos muito de vinhos brancos e de espumantes. Esses vinhos são degustados mais frios (até gelados) e nos dão uma sensação de refrescância maior.
Mas com a chegada do frio que se aproxima, o que queremos mesmo é ficar aquecidos. E pra isso, os vinhos tintos chegam com toda a força.
Além de poderem ser degustados praticamente em temperatura ambiente (o ideal é que estejam a 18ºC aproximadamente), eles possuem uma graduação alcoólica maior, proporcionando mais aquecimento no corpo.
Os vinhos tintos são ótimos companheiros das comidas, principalmente das mais estruturadas, dos molhos vermelhos, das carnes assadas e até de alguns pratos mais picantes.
Existem muitas dicas de harmonização e seria praticamente impossível tentarmos decorar ou até mesmo explicar todas elas. E na verdade a harmonização é uma arte que não tem regras fixas. O que tem que prevalecer é a harmonia dos ingredientes com o vinho e claro, o gosto de quem está degustando.
Mais do que se preocupar se aquele prato de macarrão à bolognesa vai combinar melhor com o Cabernet Sauvignon ou com o Malbec que estão na carta de vinhos, o importante é você beber um vinho que gosta.
É claro que o inverso também é verdadeiro. Algumas combinações, por mais que você adore o prato e também adore aquele vinho, não darão certo. Sugiro não tentar combinar ostras frescas com um belo Tannat encorpado, pois o resultado pode ser desastroso.
Se estiver em dúvida sobre qual vinho beber, busque informações na internet, com amigos, com o Sommelier do restaurante, com o vendedor da loja de vinhos. Mas lembre-se sempre que o vinho bom é aquele que vai lhe agradar, tanto no paladar quanto no bolso.
Saúde

Daniel Perches

2 de maio de 2010

Quando devo abrir meus vinhos?



Por Daniel Perches*

Recentemente um amigo me contou que estava com uma garrafa de um vinho (considerado top de linha) nacional em casa, do ano de 2004. Era um vinho tinto e que, segundo o produtor, poderia ser guardado por muito tempo – mais de 10 anos – e ele então estava despreocupado. No entanto, resolveu abrir agora, em 2010, e teve a ingrata surpresa de ver que o vinho estava já em total declínio. Quando ele me contou, eu tratei de me apressar, pois eu tinha o mesmo vinho, mas da safra 2005 em casa, também guardado em adega nas melhores condições possíveis. Abri o meu e também não obtive o melhor do vinho. Esse não estava tão “caído”, mas sei que poderia ser muito mais prazeroso se eu tivesse aberto antes.
Situações como essas nos fazem sempre pensar: quando devemos abrir os nossos vinhos? Qual o tempo certo de armazenagem?
Vamos falar disso hoje, mas sempre lembrando que os tempos são diretamente proporcionais à forma de acondicionamento. Se você não tiver uma adega climatizada em casa, procure sempre um local longe do calor, da luz direta e da trepidação.

Espumantes
Em geral, os espumantes são produzidos a partir de cortes de safras diferentes e são engarrafados sem a necessidade de se informar o ano de fabricação. A grande maioria deles é feita para consumo praticamente imediato. Guarde seus espumantes por no máximo 1 ano em casa. Como ele deve ser servido bem gelado, a tendência é deixar na geladeira. Mas cuidado, pois ela resseca a rolha, dificultando a abertura posterior. Se possível, guarde em um local fresco e só coloque para gelar quando for consumir (1 dia antes basta) ou então em um balde com gelo (1 hora antes do consumo). Faz-se exceção os Champagnes e os espumantes safrados, além dos espumantes tops de linha de algumas vinícolas, que são feitos para durar muitos e muitos anos.

Brancos e Rosés
São vinhos que também devem ser consumidos jovens, em sua grande maioria. Os vinhos Sauvignon Blanc, por exemplo, quanto mais jovens, mais frescor e acidez vão apresentar, trazendo mais prazer à degustação. O mesmo se faz valer para os rosés, que pela sua característica de produção, não deve ser armazenado por muito tempo. Compre e consuma esses vinhos com no máximo 3 anos de idade entre a produção e o ano que estamos. Aqui também se faz exceção os brancos que passam por barricas e, claro, alguns grandes rosés que são produzidos para uma longa guarda. Em geral, os produtores alertam sobre isso nos rótulos e dizem inclusive o tempo que você pode guardar esses vinhos.

Tintos
Aqui temos que quebrar aquele paradigma que dizia que “quanto mais velho for o vinho, melhor ele fica”. Isso não é verdade e na verdade 95% de toda a produção de vinhos no mundo inteiro é feita para consumo rápido, praticamente imediato. Os tintos têm uma vida um pouco mais longa que os brancos e rosés, algo em torno de 5 anos após o ano de sua produção. Claro que aqui também temos as exceções que são os grandes vinhos (que praticamente todo país produtor faz), que são tratados especialmente para que durem décadas e até séculos.

Fortificados / Licorosos
Aqui estamos falando dos vinhos do Porto, Madeira, Jerez e os de sobremesa (Late Harvest, por exemplo). Esses vinhos têm uma longevidade ainda maior e alguns deles, como os Sauternes (produzidos na França) começam a ficar bons depois de pelo menos 10 anos de produção. Antes disso, nem é recomendável abrir. No entanto, principalmente na categoria de vinhos do Porto, há alguns tipos que podem e devem ser abertos antes desse tempo todo, como os portos Tawny e Ruby. Antes de comprar uma garrafa e deixá-la guardada por muito tempo, verifique se ela se enquadra nessa categoria. Senão, abra e aprecie (sempre com moderação).
Essas são regras gerais e que servem como balizadoras para a sua organização e conhecimento, mas seguindo-as você não vai perder nenhum vinho em seu estoque e com certeza terá um belo prazer ao abrir todos eles.
E lembre-se que se você demorar muito para abrir seus vinhos, pode ser que esteja com uma bela adega de vinagres em casa e não saiba.

Saúde

*Daniel Perches é sommelier internacional, publicitário e escreve o site www.vinhosdecorte.com.br.

21 de abril de 2010

A importância de um bom abridor de vinhos


Existe no mercado uma infinidade de tipos de abridores de vinho. Tem aqueles famosos em forma de “borboleta”, que vai abrindo as asas para depois você fechar e a rolha sair, tem aqueles antigos que são só um anel para você puxar com as mãos, tem elétrico, tem automático, semi-automático e muitos outros que podemos citar.

E com essa grande quantidade, vem também uma grande dúvida. Qual abridor utilizar? Qual comprar? Quantos abridores devemos ter em casa?

Antes que você saia por aí comprando todos os tipos (a não ser que seja um colecionador desse tipo de peça), é bom você tem algumas informações. Vale lembrar aquela máxima de que um produto de qualidade vai ter uma maior durabilidade e mesmo que o investimento inicial seja um pouco maior, ao longo do tempo vai compensar.

Apesar de hoje vermos por aí vários abridores automáticos (funcionam à pilha e puxam a rolha pra fora), eu sugiro que se você for comprar um desses, prefira os que têm a espiral para retirar a rolha e não os que fazem a sucção a vácuo. O método de sucção pode provocar uma pressão maior do que a suportada pelo gargalo da garrafa e estourar o vidro. É raro acontecer, mas é melhor prevenir.

Outro modelo que eu recomendo (e é o que eu uso) é o modelo “sommelier”, ou profissional. Esse abridor (o da foto acima) é composto por uma espiral, um apoio, que pode ser em um ou dois estágios e uma pequena lâmina para cortar o lacre. Utilizá-lo é bem simples e com um pouco de prática você vai conseguir abrir praticamente sem esforço nenhum. Primeiro corte o lacre com a lâmina e retire a parte de cima. Depois introduza o espiral na rolha sempre verificando a quantidade necessária para que o seu apoio fique na altura do gargalo. Depois é só apoiar no gargalo e puxar para cima, de forma leve e tranqüila. Na maioria das vezes não é necessário fazer muita força. De preferência faça com calma e puxe vagarosamente, pois se a rolha estiver um pouco ressecada ela pode se quebrar, então quanto mais suave for o movimento, maior a chance de ela sair intacta.

Apesar da minha recomendação, é importante que você veja com qual modelo se adapta melhor, mas lembre-se sempre da qualidade do produto, senão você vai ter um gasto recorrente com esse utensílio. Abrir o vinho tem que ser só o começo dos momentos de prazer que virão pela frente e não deve dar dor de cabeça nem fazê-lo passar vergonha.

Saúde

*Daniel Perches é sommelier internacional, publicitário e escreve o site www.vinhosdecorte.com.br.

28 de março de 2010

Por que alguns vinhos são envelhecidos em barris de carvalho?


Você já deve ter se perguntado isso, afinal de contas vemos facilmente as pessoas comentando sobre vinhos e ressaltando essa particularidade. “Esse foi envelhecido 12 meses em barril americano” ou “esse vinho não passa por madeira” e por aí vai, afinal os exemplos são infinitos e tenho certeza que você já entendeu.

Mas afinal, por que alguns vinhos são armazenados em barris de carvalho e outros não? Qual o critério? Quanto tempo armazenar?

Vamos falar um pouco sobre isso agora, mas é importante ressaltar que as variáveis são muitas e muito técnicas. Como o papo aqui é de enófilo (o apreciador de vinhos) e não de enólogo (o profissional que produz o vinho), vamos abordar de forma simples e direta.

Os barris são feitos de carvalho, que como toda madeira, tem uma certa porosidade. Essa porosidade atua trocando oxigênio com o ambiente, em micropartículas, durante o tempo em que o vinho está lá dentro, ajudando-o a evoluir. Além disso, na parte de dentro dos barris a madeira é tostada (eles queimam com um maçarico mesmo) e pode ser de vários níveis (tostagem alta, média ou baixa) e isso vai ajudar a dar o sabor ao vinho. A madeira também tem taninos, que são “trocados” com o vinho durante esse período de armazenamento. Ou seja, a utilização da barrica é uma forma de afinamento do vinho, que tem o intuito de torna-lo mais macio e gostoso de beber.

Existem diversos países que produzem barricas, mas as mais comuns e mais encontradas são as francesas e as americanas. Cada uma com suas características específicas.

Nem todo vinho deve ser armazenado em barris de carvalho antes de ser engarrafado. Em via de regra, os vinhos que passam por esse processo são os que devem ter mais longevidade e que em sua vinificação tiveram uma maior estrutura e corpo. Aí sim é a decisão do enólogo que vai contar (e claro, sua habilidade também será muito importante aqui). Algumas variedades de uvas brancas, como por exemplo a Sauvignon Blanc, dificilmente se adapta ao barril e se passasse por esse processo, perderíamos o frescor tão característico que esse vinho nos traz. Já uvas tintas como a Cabernet Sauvignon, Merlot, Tannat, e muitas outras “gostam” de descansar um pouco mais. Em troca elas nos presenteiam com mais sabor e no caso dos grandes vinhos, com muito tempo de envelhecimento.

Ultimamente temos visto alguns produtores se utilizarem de muita madeira, ou seja, deixarem vinhos por muito tempo dentro de barris. Isso pode torná-los pesados e com aromas muito fortes de carvalho e tostados, descaracterizando o produto. Aqui vale também a regra do equilíbrio e muitos já estão percebendo que isso não é a melhor solução. O que queremos mesmo são vinhos saborosos, finos e delicados, não é mesmo?

*Daniel Perches é sommelier internacional, publicitário e escreve o site
www.vinhosdecorte.com.br

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