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15 de janeiro de 2014

Grupo Bolinho volta com o espetáculo Velhos Amigos


Grupo Bolinho volta com o espetáculo Velhos Amigos

Reestreia dia 16 de janeiro de 2014 às 17h, na Praça Cel. Fernando Prestes (Metro Tiradentes) o espetáculo Velhos Amigos, projeto do Grupo Bolinho contemplado pela lei de Fomento ao Teatro da Cidade de São Paulo.  A peça integra o projeto Tipografias Poéticas, desenvolvido ao longo de um ano, em três etapas, com metodologias distintas, cada qual em um bairro da cidade: Santana, Luz e Centro.

O espetáculo se apresenta também as sextas no Largo da Misericórdia, no metro Sé e aos sábados no Parque Domingos Luis no metro Jardim São Paulo, sempre às 17h.
A primeira fase, focada em intervenção urbana, foi orientada por Cristiane Esteves do grupo Opovoempé. Em seguida, a companhia Lume e Pedro Fabrício desenvolveram a mimesis corpórea, e por último, o diretor e pesquisador André Carreira se juntou ao Grupo Bolinho para colocar luz sobre a dramaturgia da cidade. Todas as fases tiveram como resultado um experimento cênico, que de alguma forma ressurgem em partes no espetáculo Velhos Amigos.

Os personagens

 Para contar essas histórias, três atores – Alexandre Ilha, Danilo Caputo e Diane Boda – entraram em casas, sentaram nas mesas das cozinhas, partilharam café e bolos com os entrevistados, tudo para captar o que havia restado como memória de uma vida quase completa. 

Em uma dessas “visitas” encontraram Geraldo (nome fictício, do personagem), viúvo, que aos 78 anos lembra-se da palmatória recebida no colégio interno, da floricultura que abriu e faliu, dos anos de casamento com a sua Elvira.

Celina Rosa (nome fictício, do personagem) encerra em si várias outras mulheres. A personagem, aos 76 anos, fez magistério, mas o marido nunca deixou que trabalhasse. A recente viuvez trouxe para Celina uma espécie de liberdade que não gozou durante a vida. Agora, as memórias de seu casamento aparecem em meio às ruínas de uma cozinha na qual recebe o público, se desvencilhando delas para seguir suas próprias vontades.

O personagem José William Facó tem Alzheimer, o que não o impede de ser mulherengo e tocar saxofone. Por causa da doença, mistura realidade e ficção. Casou-se com Rita, grande amor de sua vida. Com 20 anos a mais do que sua esposa, William sofre com as dificuldades sexuais, econômicas e mentais que a idade trouxe, se tornando um peso para sua amada. Rita não aguenta e divorcia-se de Facó, que hoje, aos 85 anos se ressente com a falta de uma companheira que lhe dê carinho, atenção e cuidados. 

A pesquisa e concepção da montagem 

Para desenvolver a estrutura do espetáculo, os integrantes do grupo optaram por perscrutar a questão da memória de moradores idosos dos bairros de Santana, Luz e Centro. Com o decorrer do tempo, além de casas, frequentaram instituições, como bailes, albergues, asilos e centros de convivência que possuem como público principal a terceira idade.

A montagem foi pensada de forma a convidar o publico para uma experiência. Uma rádio, instalada em uma praça, aliada à prática do footing (método de paquera antiga ao redor de praças – meninos caminhavam para um lado e meninas andavam no sentido oposto, com a intenção de trocar olhares quando se cruzassem), o público acompanha os personagens por “estações” montadas na praça, como se fossem cômodos de uma casa – uma sala, cozinha, banheiro. Nesses espaços de convivência com os espectadores, são trazidas à tona questões como o abandono, as dificuldades físicas, a saudade de outrora e os prazeres relacionados a liberdade da velhice.

Cerca de 40 entrevistas fizeram parte da compilação de frases, emoções, opiniões, receios e segredos contados pelos idosos. A falta do parceiro, quase sempre pela morte, revelou-se com significados diferentes para homens e mulheres: para os primeiros, resta a saudade (e lágrimas), para elas, abre-se um horizonte de liberdade, mesmo que tardia.

Histórico do Grupo

O Grupo Bolinho surgiu por meio do Programa Vocacional em 2001 e hoje encena sua sétima montagem. Os quatro primeiros espetáculos Anfitrião, 7 Pecados, Mahagony e Até Ai Morreu o Neves foram realizados em palco italiano, nas montagens posteriores o grupo optou por apresentações em espaços alternativos e na rua.

Contemplados duas vezes pelo Programa para Valorização de Iniciativas Culturais - VAI, circularam em 2008 por unidades da Fundação CASA  com o espetáculo Graças a Deus e em 2009 iniciaram uma pesquisa sobre Liberdade na COHAB Taipas, tendo como resultado o espetáculo-intervenção Liberdades.

Desde 2012 realiza sua pesquisa sobre velhice, que já foi contemplada pelo Edital de Ocupação de Espaço no Centro Cultural da Juventude Ruth Cardoso – CCJ. Em outubro de 2012 foi contemplado pela 21ª edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo, resultando no espetáculo Velhos Amigos.

Serviço

Espetáculo "Velhos Amigos"
Temporada: 16 a 25 de janeiro de 2014
Dias 16 e 23/01/2014: Praça Cel. Fernando Prestes - Metro Tiradentes – Horário: 17h
Dias 17 e 24/01/2013: Largo da Misericórdia - Metro Sé – Horário: 17h
Dias 18 e 25/01/2014: Parque Domingos Luis - Metro Jardim São Paulo - Horário: 17h
Recomendação: Livre/ Duração: 60 minutos

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