Obra relata a vida de José e Sebastiana, colonos que deixaram suas raízes para fundar a cidade de Londrina
Um homem de fibra era assim que José Pellerini podia ser definido. Um homem que desde muito jovem conheceu a dureza de lidar com a terra, que foi contra tradições e preconceitos, que conquistou o amor apesar das diferenças, que se aventurou no desconhecido para povoar uma cidade no norte do Paraná, aquela que hoje conhecemos como Londrina. Esse mesmo homem está deitado em uma cama de hospital, desejando apenas poder morrer em paz, na terra que tanto ama: a Terra Vermelha.
A editora LeYa lança em maio o romance “Terra Vermelha” de Domingos Pellegrini. Escrito com maestria e originalidade, “Terra Vermelha” comove e arrebata, à medida que relata em um só tempo a vida e a morte de um homem.
“Põe na mão, olha bem, olha: E sabe porque, meu irmão, esta terra é assim vermelha? É vermelha de paixão” – Do caderno de poesia de Vó Tiana
O norte do Paraná começou a ser colonizado em 1930, a partir de Londrina, por imigrantes de três dezenas de países de quatro continentes, mais migrantes de todo o Brasil, em busca de vida nova na fértil terra vermelha, até então toda coberta de floresta. A grande maioria dos colonos era de fracassados até então, gente que vinha de imigrações econômicas, tangidos pela miséria no Japão ou na Itália, ou eram perseguidos políticos ou religiosos europeus, ou fugitivos do serviço militar espanhol, ou das secas do Nordeste brasileiro, ou da decadência da cafeicultura em Minas Gerais e São Paulo.
Dona Sebastiana e José Pellerini foram um desses muitos casais, os colonos pés-vermelhos, que deixaram suas origens com a promessa de uma vida melhor nessa clareira da floresta que viria a se tornar uma grande cidade. E agora, Seo Zé revive suas histórias, deitado num leito da UTI, ouvindo seus filhos discutirem sua herança e implorando para que o deixem morrer em paz, na casa que ele mesmo construiu.
“Terra Vermelha” surge a partir da interseção entre fatos históricos, ficcionais e a história pessoal de Domingos Pellegrini (a partir de um sistema próprio de pontuação desenvolvido pelo autor). Além de José e Sebastiana (avós do autor e protagonistas deste romance), o antropólogo Claude Levi-Strauss e o jornalista João Saldanha, entre outros, também inspiraram a criação dos personagens que integram este romance.
Nesta obra, o autor nos mostra que determinação, trabalho árduo e coragem são os atributos indispensáveis para uma missão exploratória bem-sucedida. E que com honradez, verdade e bondade, a terra de Londrina jamais teria deixado de “ser vermelha”.
“O Brasil ainda não se deu conta de que temos no Norte do Paraná um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos, Domingos Pellegrini, autor de um idioma próprio e de uma não menos própria visão do homem.” - Wilson Martins (O Globo)
“Uma obra-prima da arte romanesca!” - Miguel Sanches Neto (Gazeta do Povo)
“Terra Vermelha é um belo romance. Não lhe faltam talento e domínio da escrita.” – Portal projetopassofundo.com. br
“Terra Vermelha, o estupendo romance de Domingos Pellegrini, é um dos melhores que li de autor brasileiro nos últimos anos. Cativado, seduzido, entregue à leitura, só larguei quando caí em mim e o romance estava acabando em gran finale de obra-prima. E saí da leitura com terra vermelha nas mãos, nos olhos e no coração.” – Portal Luis Nassif
Ficha técnica
Título: Terra Vermelhra
Autor: Domingos Pellegrini
Nº de páginas:400
Preço: R$ 49,90