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31 de janeiro de 2011

Editora LeYa Brasil lança versão ampliada do “Guia politicamente incorreto da história do Brasil”

Depois de atingir a impressionante marca dos 100 mil exemplares vendidos, narloch apresenta versão ampliada do polêmico livro.

Depois de “atirar tomates na historiografia nacional”, o jornalista Leandro Narloch demonstra que não lhe falta munição e a LeYa Brasil anuncia o lançamento da edição ampliada do “Guia politicamente incorreto da história do Brasil”. Antônio Conselheiro, Euclides da Cunha, os bandeirantes e os imperadores do Brasil são alguns dos personagens incluídos nas novas 50 páginas. Boxes e um capítulo inédito ampliam a obra, já definida como uma coletânea de pesquisas históricas sérias, irritantes e desagradáveis e desconfortáveis porque desafiam mitos e verdades aceitas há muito tempo sem contestação.

Narloch, mais uma vez, passa a limpo a história oficial duvidando igualmente dos mocinhos e dos vilões. Abre mão da condescendência com grupos tidos como minoritários ou oprimidos, como negros e indígenas, e não teme revelar sombras de personagens luminosos como Euclides da Cunha, por exemplo.

O autor já fechou um acordo com a editora para lançar mais dois livros: “Guia Politicamente Incorreto da História da América Latina”, previsto para chegar às livrarias no final do ano e “Guia Politicamente Incorreto da História Mundial”, que será lançado em 2012.

Veja a seguir alguns trechos da edição ampliada do “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil”:

A retórica da desigualdade social
Quem nega as vantagens do milagre econômico precisa fechar os olhos para muitos outros índices. O aumento da desigualdade é uma das poucas más notícias entre tantos números de melhora do bem-estar dos brasileiros durante a ditadura. Entre 1970 e 1980, o Índice de Desenvolvimento Humano aumentou de 0, 462 para 0, 685: nunca na história deste país houve uma ascensão tão rápida. A expectativa de vida também tomou o mesmo caminho: aumentou nove anos naquele período, depois de passar os anos 1960 estagnada.

Os empresários de Canudos
Antônio Conselheiro ganhou caras diversas: já foi comparado a Jesus Cristo, salvador espiritual de um povo oprimido, e a Che Guevara, pois teria montado uma sociedade igualitária em desafio à ordem da cidade. Uma nova imagem pode fazer parte desse álbum, a de um herói dos homens de negócios. Uma das principais reivindicações políticas do líder de Canudos é a mesma dos empresários hoje em dia: a redução de impostos.

Os bandeirantes não eram heróis. Não?
Os relatos dos padres estão repletos de exageros e mentiras obesas. Em mensagens internas, que eles escreviam para colegas da Europa, a história era diferente – muito mais tranquila e com inimigos bem mais mansos. O próprio padre Montoya contou, numa carta sobre o mesmo episódio acima, que os paulistas “não se atreveram a chegar ao povoado antes devido à notícia de que o padre ia para onde eles estavam; e fugiram quebrando as canoas, correndo pelos montes”. Os exageros nos comunicados oficiais serviam para aterrorizar as autoridades europeias, na esperança de lançá-las contra os paulistas.

Os crimes de Euclides da Cunha
Menos conhecidos que a tragédia de Piedade são os motivos que levaram a mulher de Euclides da Cunha a abandoná-lo. A fuga de Anna para a casa do amante foi resultado de anos de brigas com o marido, de humilhações e situações miseráveis causadas pelo descaso de Euclides com a família. Faz parte desse fardo até mesmo a suspeita de o escritor ter assassinado um bebê recém-nascido.

Ficha Técnica
Título: Guia politicamente incorreto da história do Brasil
Autor: Leandro Narloch
Formato: 16 x 23 cm
Brochura
Nº de páginas: 368
Preço: R$ 39,90

26 de julho de 2010

A Rainha do Cine Roma chega às livrarias pela editora LeYa

A Editora LeYa lança em agosto “A Rainha do Cine Roma”, o primeiro romance do jornalista e escritor mexicano Alejandro Reyes. Uma comovente e fascinante história, que brilhou entre os finalistas do Prêmio LeYa em 2008 - evento que homenageia e estimula a produção de obras originais de ficção em língua portuguesa.

A obra traz a história de Maria Aparecida e Betinho, duas crianças que se conhecem nas ruas de Salvador e que, unidas pelo sofrimento e pela amizade, atravessam os duros dias de uma vida de abandono.

A narrativa do livro é feita em primeira pessoa, na figura do personagem Betinho: morador de rua desde os sete anos - sobrevivendo de pequenos furtos e michês - fugiu de casa para escapar da violência imposta por seu padrasto. Vagava pelas ruas da Cidade Baixa, sempre sozinho, até se deparar com Maria Aparecida, uma pequenina e frágil garota de dez anos, que sofre uma drástica mudança na vida após a morte da mãe e decide fugir de casa.

Vítimas de abusos por parte dos pais, Maria Aparecida e Betinho passam a viver em um cinema abandonado: o Cine Roma. E, apesar de todo o suplicio que lhes é imposto, os dois constroem um forte laço capaz de resistir a tudo.

Reflexões sobre temas negligenciados pela sociedade, como abuso sexual, drogas, homossexualidade, AIDS, prostituição, preconceito racial, violência física e o abandono, estão presentes nas 296 páginas do livro. Chama atenção dos leitores para um universo sujo e cruel, que é imposto àqueles que estão, desde muito cedo, às margens da sociedade.

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