Algumas dicas contribuem para uma adoção responsável, que considera o compromisso ético e consciente de cuidar de um animal de estimação
Texto: Sérgio Dias
Fotos: Pixabay
Na coluna dessa semana voltamos a falar de adoção, assunto que precisa ser recorrente em razão do compromisso ético e consciente que é cuidar de um animal de estimação. Falando mais e mais sobre o tema, buscamos mostrar que com tutores cada vez mais responsáveis podemos ter um número cada vez menor de cachorros e gatos passando por situações de maus-tratos e abandonos.
De acordo com o IPB – Instituto Pet Brasil, o Brasil tem aproximadamente 6,1 milhões de cães e 2,7 milhões de gatos em condição de vulnerabilidade, isto é, que vivem sob a tutela de famílias classificadas abaixo da linha da pobreza, ou que vivem nas ruas.
Há ainda 185 mil animais abandonados ou resgatados por maus-tratos aos cuidados de ONGs e grupos de proteção. Um cenário que mesmo sendo considerado um crime previsto em lei.
“Adotar um pet é um ato de amor que pode trazer muito carinho, companheirismo e felicidade para as famílias e os lares, porém alguns cuidados são muito importantes e devem ser levados em consideração assim que o interesse pela adoção de um pet despertar”, afirma Roberta Paiva, gerente de marketing de Pet Health da Elanco Saúde Animal.
Preparamos oito passos que contribuem para uma adoção responsável, isto é, aquela que considera o compromisso ético e consciente de cuidar de um animal de estimação de forma adequada, levando em consideração suas necessidades físicas, emocionais e comportamentais.
Informe-se
Se você nunca teve um animal de estimação antes, converse com pessoas próximas para compreender suas experiências. Você também pode visitar ONGs e abrigos para entender quais são as demandas e necessidades que envolvem o cuidado de um pet.
Compartilhe a decisão
A chegada de um novo animal a um lar interfere na rotina de todos. Por isso, caso você viva com outras pessoas, consulte-as para compreender se todas estão dispostas a embarcar nesta nova jornada. Ou seja, mesmo que haja uma divisão de tarefas, eventualmente, é importante que todos na casa estejam preparados para assumir as funções que envolvam o cuidado do novo membro da família.
Avalie a disponibilidade de tempo
Você deverá destinar tempo da sua rotina para as interações com o pet além de atenção com os cuidados com a saúde. Por mais tranquilo que seja o pet, ele demandará cuidados diários e dependerá de você para se exercitar e brincar. Lembre-se: você é o mundo dele.
Avalie o perfil comportamental do animal
Busque informações sobre o comportamento do animal com as ONGs ou com os responsáveis pelo pet. Assim como nós, os animais têm diferentes perfis. Há os que são mais ativos, os mais calmos, os que aceitam a companhia de outros animais, os que não aceitam, entre muitas outras variáveis. É fundamental que o seu perfil e a sua rotina tenham sinergia com o perfil do animal para que a adoção seja bem-sucedida. Isso é muito mais importante do que avaliar a aparência física do amiguinho!
Prepare um ambiente adequado
Oferecer um ambiente seguro e estimulante para o animal é crucial. Isso inclui espaço suficiente, abrigo adequado, brinquedos apropriados e interação social. você mora em condomínio e/ou de aluguel, certifique-se das regras. Há proprietários que não aceitam pets, bem como condomínios que também possuem regras mais rígidas sobre a questão;
Tenha paciência
A adaptação é um processo que exige tempo e dedicação. Pense como é difícil para você se adaptar ao novo, como uma nova casa, um novo trabalho ou ir morar com alguém. Com isso você terá uma ideia de como é para o pet a chegada a um novo lar. Saiba que você precisará se dedicar até que seu novo amigo de estimação esteja completamente adaptado e sentindo-se realmente em casa.
Cuide do seu pet
Lembre-se que cuidar do seu pet vai muito além de fornecer alimento e água. Ele é um ser vivo que, assim como você, precisa de interação social, de se exercitar, se divertir, ter momentos dedicados à higiene e aos cuidados com a saúde, atividades que dependerão de você, seja se dedicando, seja procurando apoio profissional, como veterinários, tosadores, creches e passeadores.
Avalie os custos
Além das consultas veterinárias, seu novo amiguinho precisará de ração de qualidade, vacinas, banhos periódicos, proteção antiparasitária e outros cuidados médicos quando necessários. Esteja ciente dos gastos envolvidos, lembrando que essas também são responsabilidades de um responsável por cão ou gato.
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