10 de agosto de 2023

Tutor, cuidado: verminoses podem ser letais para os pets




Além de colocarem a saúde dos cães e gatos em risco, elas podem ser transmitidas aos humanos

Texto: Sérgio Dias
Fotos: Pixabay

Na coluna dessa semana o Blog Alpha Lazer volta a falar sobre a saúde dos pets. Para ter o cachorro ou gato sempre bem e saudável, o tutor deve ficar sempre atento, principalmente com as verminoses, que além de colocarem a saúde deles em risco, podem ser letais e transmitidas aos humanos.


Embora pareçam inofensivas, afinal qual animal não foi contaminado por vermes ao longo da vida, elas podem causar graves consequências como perda de apetite e de peso, vômito, diarreia, distensão e dor abdominal.

“A infestação por vermes prejudica a saúde do animal progressivamente, podendo causar fraqueza, anemia, inflamação do sistema gastrointestinal e, até mesmo, o óbito”, explica a médica-veterinária e consultora da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, Dra. Farah de Andrade.


O alerta também vale para a saúde humana: verminoses são consideradas zoonoses e podem ser transmitidas às pessoas por meio do manuseio do pet ou por este ser hospedeiro de parasitas transmitidos por picadas de mosquitos.

Prevenção

O tutor deve iniciar a prevenção com a higiene do ambiente: retirar as fezes dos cães todos os dias e manter as caixas de areia dos gatos limpas, evitará a proliferação de vermes e protozoários.

A ingestão de carne crua ou alimentos mal lavados pode ser um risco se os devidos cuidados não forem tomados. Se o animal faz uso de alimentação natural, é essencial seguir as orientações do médico-veterinário à risca.

Da mesma forma, a conservação da ração seca ou úmida deve seguir os critérios do fabricante e do veterinário. Nada de deixar ração exposta ou em áreas que possam ser acessadas por roedores.

Cães e gatos com alimentação de qualidade são menos impelidos a caçar, reduzindo assim o contato com répteis e aves, que também podem transmitir parasitas.

O uso de antipulgas regularmente é importante para evitar desconfortos, alergias e vermes. Repelentes auxiliarão no combate a pulgas, carrapatos e mosquitos. Já o protocolo de vermifugação deve ser seguido conforme orientação do médico-veterinário.

Aos pets filhotes, geralmente é indicada a vermifugação de modo frequente, tendo em vista a alta probabilidade de contaminação durante a gestação e o aleitamento. Para as demais faixas etárias, o médico-veterinário irá avaliar o quadro clínico, hábitos, ambiente em que vive e estilo de vida para indicar exames diagnósticos e vermifugação.

Administrar o vermífugo para o pet nem sempre é fácil e pode comprometer os resultados, caso o pet não faça a ingestão correta do remédio. A manipulação de vermífugos veterinários com sabores e formas farmacêuticas diferenciadas é uma alternativa para tornar o tratamento mais agradável e prazeroso para o pet.

Os muitos tipos de vermes

São muitos os tipos de vermes. Os Ancilostomídeos se prendem à parede do intestino delgado e se alimentam de sangue. As Ascaridíases são os maiores vermes redondos e podem causar obstrução intestinal, além dos sinais clínicos mais comuns. Trichurídeos se prendem à parede do intestino grosso e se alimentam de bactérias. Já as populares Taenia solium e Taenia saginata se alojam no intestino delgado e ingerem restos de comida.

Os Dipilídeos são vermes planos que se alimentam de sangue e são transmitidos por pulgas, que infectam o pet quando ele as ingere acidentalmente ao se lamber, por exemplo, ficando alojadas no intestino delgado.

Toxocara canis e Toxocara cati são vermes de forma cilíndrica e comprida, com cerca de 15 centímetros de tamanho, perceptíveis quando o pet defeca ou vomita.

Entre as verminoses mais graves, está a giardíase, causada por um protozoário microscópico muito comum, presente em fezes, alimentos ou água contaminada, que gera grande dor abdominal e diarreia fétida.

A dirofilariose, também conhecida como verme do coração, é transmitida por mosquitos infectados de várias espécies, que depositam o parasita na corrente sanguínea dos animais, o qual se aloja nos pulmões e no coração, principalmente, causando graves complicações e levando o animal a óbito, se não tratado precocemente.

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