Para marcar as comemorações dos 461 anos de São Paulo, o Centro Cultural Correios apresenta, de 17 de janeiro a 17 de março, a Exposição "Escritório Ramos de Azevedo: a arquitetura e a cidade", com fotos, desenhos e plantas que revelam a história da equipe por trás de um dos grandes nomes da arquitetura paulista e seus projetos que contribuíram para a modernização da cidade em franco crescimento.
Organizada pela Restarq/Via das Artes, com o apoio da Lei Rouanet - Lei Federal de Incentivo à Cultura -, a mostra tem como objetivo levar a público arquivos desconhecidos pela maioria da população e até inéditos, que retratam as transformações de São Paulo de 1886 a 1965.
A história dos legados e bastidores do Escritório Ramos de Azevedo é contada em mais de 100 imagens e documentos, distribuídos em 80 painéis e três vitrines.
O acervo conta com imagens selecionadas do Arquivo Histórico de São Paulo, digitalizadas em parceria entre a Prefeitura de São Paulo e a Universidade de São Paulo (USP). A mostra também se destaca por ser a primeira a trazer coleções particulares cedidas pelos herdeiros dos projetistas do escritório de Ramos de Azevedo.
O acervo inclui ainda desenhos de móveis, revelando uma faceta pouco conhecida dos escritórios de arquitetura daquela época: os projetos arquitetônicos eram criados como um conjunto, contemplando inclusive a arquitetura de interiores e o design dos objetos. Entre projetos mobiliários que chamam atenção pela riqueza de detalhes e sutileza estão os das bancas de venda do Mercado Municipal.
Além dos prédios públicos, concentrados sobretudo na região central, o Escritório Ramos de Azevedo também criou diversos projetos para empresários, banqueiros e investidores. Assim, o módulo "Empresário e capitalista: as obras para particulares - 1886-1928" reúne plantas e desenhos de edifícios para estabelecimentos como o Banco di Napoli, hotéis, fábricas e palacetes para classe média e alta nos novos bairros.
Na última parte da mostra, "A Segunda fase: Escritório F. P. Ramos de Azevedo, Severo & Villares - 1928-1965" retrata o período após a morte do arquiteto, marcado por edifícios cada vez mais altos e com a forte influência do Art Décô.
Capitaneado por Arnaldo Dumont Villares e com aproximadamente 50 colaboradores, o escritório realizou proezas da engenharia como o Edifício Britânia, erguido nas encostas do Vale do Anhagabaú, a partir do congelamento do solo do edifício vizinho, o Liberty Paulista, por dois longos anos. Na época também foram realizadas outras obras importantes, como o Estádio do Pacaembu e seus móveis em estilo Art Décô, projetados em sintonia com a estética dos edifícios.
SERVIÇO
Exposição "Escritório Ramos de Azevedo: a arquitetura e a cidade"
Data: 17 de janeiro a 17 de março
Local: Centro Cultural Correios São Paulo
End: Av. São João, s/nº - Centro
Telefone: (11) 3227-9461
Entrada franca
Horário: de terça a domingo, das 11h às 17h.
Visita monitorada: terças a domingo, das 11h às 17h.
Informações e agendamento de visita monitorada:
Tel. (11) 5083 4360 ou pelo e-mail viadasartes@viadasartes.com.br
Classificação: livre
Capacidade: 150 pessoas
Acesso para portadores de necessidades especiais
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