Brasileiros em uma narrativa de busca pessoal do diretor do filme pelo sentimento de orgulho de ser do Brasil
O filme “Orgulho de Ser Brasileiro”, produzido e dirigido pelo jornalista Adalberto Piotto, será exibido em sessão especial, dia 14 de agosto, às 19 horas, no CineSesc, em São Paulo. A sessão será gratuita com distribuição antecipada de convites na bilheteria do cinema.
A plateia também será convidada a participar de um debate sobre o filme com o diretor, após exibição do documentário, como tem ocorrido nas estreias internacionais e sessões privativas que já reuniram centenas de expectadores no Brasil, nos Estados Unidos e no Japão.
"Foi um desejo de provocar uma discussão no país sobre o que é o orgulho de ser brasileiro de uma forma profunda. E para isso tive o privilégio de entrevistados absolutamente comprometidos com a honestidade intelectual, que aceitaram discutir o assunto abertamente", diz o jornalista Adalberto Piotto. O documentário foi todo filmado em 2012, o que fez com que alguns depoimentos ganhassem um ar premonitório às manifestações que levaram milhões às ruas no Brasil em junho deste ano.
Entrevistas com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o artista plástico Romero Britto, o técnico da seleção brasileira na Copa de 94 Carlos Alberto Parreira, a ex-senadora e ministra Marina Silva, o ex-ministro da Saúde Adib Jatene, a geneticista Mayana Zatz, o dramaturgo Gerald Thomas, o jornalista e empresário radicado na Flórida Carlos Borges, os músicos Simoninha e Max de Castro, o filósofo Roberto Romano, a consultora imobiliária em Miami Yara Gouveia, o escritor Ferréz, o bispo católico e ativista social Dom Angélico Bernardino e o consultor e especialista em vinhos Didú Russo se dividem em depoimentos ao longo do documentário questionando o Brasil.
Os entrevistados discorrem sobre o que é ter “orgulho de ser brasileiro”, as causas e motivações para tal sentimento, os altos e baixos da brasilidade.
Com fotografia conceitual que explora vários ângulos dos entrevistados e depoimentos instigantes, o filme é permeado por trechos do hino nacional interpretado por Badi Assad. Em um formato provocativo, promete ir muito além do “Ouviram do Ipiranga” ou do sentimento-padrão de que “o brasileiro é o melhor povo do mundo” a que todos estamos acostumamos. Reitera o que deve ser motivo de orgulho e expõe o que deve ser corrigido.
Entrevistados
• Fernando Henrique Cardoso, sociólogo, ex-presidente da República de 1995 a 2002
• Romero Britto, artista plástico radicado em Miami.
• Carlos Alberto Parreira, técnico do Brasil campeão na Copa de 1994 e atual coordenador técnico da CBF.
• Marina Silva, ambientalista, ex-senadora, ex-ministra do Meio Ambiente
• Gerald Thomas, dramaturgo, autor e escritor radicado em Nova York
• Roberto Romano, filósofo, professor de Ética Política da UNICAMP
• MayanaZatz, geneticista, professora do Departamento de Genética da USP, diretor do Centro de Estudos do Genoma Humano.
• Adib Jatene, médico cirurgião cardíaco, ex-ministro da Saúde (governos Collor e FHC)
• Ferréz, escritor, autor, morador e presidente de ONG no bairro do Capão Redondo, zona Sul de São Paulo
• Carlos Borges, jornalista e empresário de eventos com brasileiros em vários países do mundo. Radicado na Flórida, EUA.
• Simoninha, músico, cantor e compositor.
• Max de Castro, músico, cantor e compositor.
• Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo emérito de Blumenau e ativista social
• Yara Gouveia, consultora em Miami e referência em vendas de imóveis para brasileiros nos EUA. Radicada em Miami.
• Didú Russo, colunista de vinhos, palestrante, publicitário e blogueiro.
• Badi Assad, cantora, compositora e intérprete do Hino Nacional Brasileiro no filme.
O projeto e sua contrapartida social
Em uma iniciativa inédita e muito além da exigida em lei, o produtor e diretor do filme Adalberto Piotto passa a distribuir gratuitamente três mil cópias do documentário para escolas, universidades, associações, sindicatos e institutos com o intuito de ampliar o acesso do brasileiro ao cinema e à discussão que o filme propõe sobre a sociedade brasileira e o momento único que vive o país. Um filme acessível para provocar a discussão.
Cópias do filme já foram entregues ao Ministério de Relações Exteriores do Brasil para o acervo das cinematecas dos consulados e embaixadas do país e exibições a brasileiros que vivem no exterior, bem como aos consulados dos Estados Unidos, do Reino Unido e da França. O documentário também deverá ser exibido em escolas e espaços culturais via instituições públicas de Cultura e de Ensino do país.
“Mais que isso, este é um país, dada a sua desigualdade, que não pode abrir mão de contrapartidas efetivas. Uma vez que parte dos custos do filme foi financiada por recursos de renúncia fiscal, o cidadão tem o direito de assistir”, afirma Piotto.
O filme “Orgulho de ser Brasileiro” foi financiado inicialmente pela lei Rouanet, começou a ser produzido em maio de 2012 e em menos de um ano foi lançado no Cine PE e no Focus Brasil EUA, em Fort Lauderdale, ambos em abril deste ano, num tempo recorde de 11 meses.
O documentário exibido em julho, em Hamamatsu, no Japão, já tem outras exibições internacionais previstas para Londres, em setembro, e no Cine Fest de Nova York, em dezembro de 2013.
Serviço
CineSesc
Filme: Orgulho de Ser Brasileiro
Exibição: dia 14 de agosto, às 19 horas
Endereço: R. Augusta, 2075 - Cerqueira César São Paulo
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