23 de janeiro de 2013

Mercado Municipal Paulistano ganha festa em comemoração aos seus 80 anos



Evento organizado em parceria pela Prefeitura da Cidade de São Paulo, Associação dos Permissionários do Mercadão (Renome) e Mesquita Associados acontece nos dias 24 e 25 de Janeiro. Apresentações culturais, queima de fogos e bolo marcam também a abertura das atividades comemorativas aos 459 anos da cidade de São Paulo

Marco de São Paulo, um dos principais pontos turísticos da cidade e referência em produtos alimentícios naturais de primeira linha, o Mercado Municipal Paulistano completa, em 25 de Janeiro, 80 anos de atividades. A data histórica será comemorada com uma festa de grande destaque, que abrirá, inclusive, outra celebração importante, os 459 anos da cidade de São Paulo.

A comemoração, que recebeu patrocínio das marcas Hellmann’s, Knorr, Ceratti, Chandon, Maxi Service e Itubaína, tem início no dia 24 de Janeiro, às 21h, no próprio Mercado Municipal. O evento, aberto, terá diversas apresentações musicais e culturais. O público será recepcionado nas Docas. À meia-noite haverá uma grande queima de fogos, que marca a abertura das comemorações dos 80 Anos do Mercado Municipal e também do Aniversário da cidade de São Paulo. Além disso, o prefeito Fernando Haddad, bem como vereadores, secretários e empresários do setor gourmet, participam das solenidades e cortam o bolo comemorativo, que será distribuído a todos os presentes. De acordo com Antonio Mesquita, diretor da Mesquita Associados, agência de negócios organizadora do evento, são esperadas cerca de 3 mil pessoas para a festa de 24 de Janeiro.

A celebração continua no dia 25. Além das apresentações musicais, haverá uma exposição de imagens de autoria do repórter fotográfico Antonio Aguillar, que registrou a evolução da cidade, seus monumentos e do próprio Mercado a partir da década de 1950. Até 31 de Janeiro, quando se encerram as ações comemorativas, a expectativa é de que o “Mercadão” receba 315 mil visitantes. Por ano, são mais de 10 milhões de pessoas circulando por suas dependências.

O prédio, de arquitetura reconhecida, ocupa um espaço de 12,6 mil metros quadrados de área construída às margens do Rio Tamanduateí, no centro da cidade. Segundo Chico Macena, responsável pela Secretaria Municipal de Coordenação das Subprefeituras e pelo Mercado Municipal, “mais de 1,6 mil funcionários movimentam 1 mil toneladas de alimentos por dia, dos 276 boxes utilizados para comercialização de frutas, legumes, verduras, aves, peixes e frutos do mar, além de produtos prontos, nacionais e importados”, conta.

Tradicional ponto gourmet da América Latina, o Mercado Municipal Paulistano recebe anualmente, mais de cinco milhões turistas de diversas partes do Brasil e também de outros países. Além das tradicionais bancas, conta com espaço gastronômico, que oferece a oportunidade de degustação de pratos saborosos e populares, muito famosos entre os visitantes. Macena explica, ainda, que um levantamento recente feito pela SPTuris revela que o público que visita o Mercado Municipal Paulistano é qualificado e proveniente de todos os cantos do Brasil e do mundo. “Mais de 50% dos frequentadores são turistas, 15% deles estrangeiros. O mercado está sempre cheio em qualquer dia da semana. Destaque para chefs de cozinha, famílias, amantes da boa mesa em busca de produtos diferenciados, sommeliers, etc.” Uma curiosidade: o sanduíche de mortadela e o pastel de bacalhau são unanimidades apreciadas.

Mais sobre a história do “Mercadão”:
Inaugurado em 25 de Janeiro de 1933, o Mercado Municipal Paulistano foi projetado pelo escritório do arquiteto Francisco Ramos de Azevedo. A execução dos vitrais foi entregue ao artista russo Conrado Sorgenicht Filho, famoso também pelo trabalho realizado na Catedral da Sé e em outras 300 igrejas brasileiras. Em 1932, no entanto, seu espaço foi cedido para o esforço de guerra paulista na Revolução ocorrida naquele ano, quando foi utilizado para estocar armas e munições durante a revolução.

O Mercado Municipal de São Paulo foi precedido por outros mercados, como o da Rua General Carneiro e o da Rua São João. Ambos eram modestos para acompanhar o crescimento da cidade e foram demolidos com o passar do tempo. Durante três décadas, o Mercadão viveu um período áureo de fama e prestígio, virando referência na cena cultural e gastronômica da cidade, centralizando a distribuição atacadista de frutas e verduras.

No final dos anos 50 começariam os problemas que colocariam em cheque, inclusive, a própria existência do Mercadão. O edifício sofreu com uma série de enchentes do rio Tamanduateí que culminaram em uma grande inundação em 1966. As águas chegaram a mais de um metro de altura. As enchentes foram controladas no final da década de 70, porém o prédio passou apenas por reformas pontuais. Nos anos 1960, São Paulo viu surgir seus primeiros mercados, ao mesmo tempo em que foi criado o Ceagesp, que se tornou o maior entreposto comercial de frutas e verduras, desbancando o Mercado Municipal de seu posto de principal distribuidor destes produtos. O Mercadão havia ficado pequeno e insuficiente para uma cidade que não parou de crescer.

Foi graças ao interesse e determinação dos seus permissionários que o Mercado Municipal foi tombado pelo Condephaat. A solução encontrada foi mudar o perfil do negócio, abandonando a venda de gêneros simples no atacado para adotar um comércio mais varejista de produtos gourmet, apostando em produtos com alto valor agregado.

Números do Mercado Municipal Paulistano:
4º maior ponto turístico da cidade;
1,6 mil funcionários;
1 mil toneladas de alimento/dia;
276 boxes;
25 mil visitantes/dia;
52,4% dos visitantes são Turistas;
15% dos turistas são estrangeiros
48,9% dos turistas estrangeiros têm renda anual familiar acima de 60 mil dólares;
90 caminhões abastecem o Mercadão diariamente;
1,2 milhão de litros de água/mês são consumidos;
780 kW/h é o gasto mensal de eletricidade.

SERVIÇO: 80 anos do Mercado Municipal Paulistano
Data: 24 e 25 de Janeiro
Horários: 24 de Janeiro, das 21h às 02h / 25 de Janeiro, das 11h às 18h.
Local: Rua Cantareira, 306 - Centro.

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