30 de julho de 2012

“As últimas flores do Jardim das Cerejeiras” leva o público para o centro de um labirinto, em um encontro onírico com o Minotauro, Ariadne e gueixas



“Entrar” no universo da representação e se aproximar do acontecimento teatral, é o elemento que dá a química entre o público e os atores. Mas... E se o público estiver dentro do cenário, literalmente? É o que acontece no espetáculo “As Últimas Flores do Jardim das Cerejeiras”, livre adaptação de “O jardim das Cerejeiras”, de Anton Tchekhov, dirigido por Ione de Medeiros e realizado pelo Grupo Oficcina Multimédia (BH). Com estreia em São Paulo, no Teatro Coletivo marcada para o dia 23 de agosto de 2012, o espetáculo faz curtíssima temporada até 26 de agosto, e nesta proposta, o espectador é convidado para uma experiência única: ficar cercado por cenas que acontecem num raio de 360º, ou seja, ficar “dentro” da peça.

Estreado em 2010 em Belo Horizonte, “As últimas flores...” é o 19º espetáculo do Grupo Oficcina Multimédia que neste ano de 2012 completa 35 anos de atividades, sob a direção de Ione de Medeiros. “As últimas flores do jardim das cerejeiras” se apresentou na 10ª Edição do FIT BH (Festival Internacional de Teatro), e na 5ª edição do Verão Arte Contemporânea e em 2012 cumpriu temporada no Rio de Janeiro, no Espaço Cultural Municipal Sérgio Porto e em Belo Horizonte, no Galpão Cine Horto, através de turnê realizada com recursos do projeto Aldebaran patrocinado por meio do Petrobras Cultural.

 “As últimas flores do Jardim das Cerejeiras” recria a temática da obra de Tchekhov, e trata de um período de  crise na Rússia do fim do século XIX, onde tudo começa a desmoronar, exigindo o surgimento de uma nova era. Tudo isto é recriado a partir de imagens, sem diálogos, com cenários e figurinos remetendo a culturas antigas e interpretações dramáticas, norteadas de símbolos incluindo a presença de um Minotauro preso em seu labirinto, enquanto aguarda a chegada de seu executor. Juntem-se a esses símbolos, referências à cultura japonesa, com a inclusão das gueixas e das próprias cerejeiras em flor. Essa flor é símbolo do Japão e trata da efemeridade da vida. Essa transitoriedade repercute pela sua simbologia intensa, justificando o culto que o povo japonês lhe dedica, cultua e respeita como a própria bandeira e hino nacional. No espetáculo, o público pode se deslocar pelos cenários a partir de sua própria escolha, porque as cenas são como paisagens, acontecendo por vezes isoladas e outras de forma simultânea, levando o espectador a interpretações próprias e diferentes visões da peça.

Serviço “As últimas flores do Jardim das Cerejeiras”

Dias: 23 a 26 de agosto de 2012

Horários: Quinta-feira, às 21h, sexta-feira e sábado, às 19h e 21h, domingo às 20h

Local: Teatro Coletivo, Sala 1

Endereço: Rua da Consolação 1623

Duração: 50 minutos

Classificação etária: 12 anos

Lotação: 50 pessoas

Informações (11) 3255-5922 ou oficcinamultimedia.com.br

Ingressos: R$ 10,00 inteira | R$ 5,00 meia entrada. Nas bilheterias do teatro com cartão de crédito ou através do site www.ingresso.com

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