15 de fevereiro de 2012

Verão – como fugir do câncer de pele



Ter um corpo bronzeado na estação mais quente do ano pode ter um preço muito alto, a exposição ao sol é a principal causa do câncer de pele

As altas temperaturas registradas nos últimos dias demonstram que agora o verão chegou para ficar. Com o calor vem aquela vontade de aproveitar ao máximo a estação mais esperada do ano e pegar aquele bronzeado. Mas é preciso tomar cuidado com o tempo de exposição ao sol.  O câncer de pele é o mais frequente e corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. O dado é do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Uma doença que pode ser fatal.  Mas, se descoberto precocemente tem grande chance de cura.

Os principais tipos

Tomar sol sem proteção é o principal atalho para desenvolver a doença que se apresenta, basicamente, em dois grupos distintos: o carcinoma, mais frequente e menos agressivo, e os melanomas, mais agressivos, porém menos comuns.

Ainda que ambos os tipos acometam preferencialmente as populações de pele clara, há algumas diferenças importantes de comportamento que os distinguem. Os carcinomas são tumores de crescimento lento, localmente invasivos e raramente resultam em metástase. Uma pequena proporção torna-se letal e o número de óbitos resultante é muito baixo. Apresenta altas taxas de cura se tratado de forma adequada e precoce. Contudo, em alguns casos em que há demora no diagnóstico, pode levar a deformidades físicas graves pelo tumor ou pelo tratamento.  Segundo o INCA, em 2012, estimam-se, para o Brasil, 62.680 casos novos de câncer da pele não melanoma entre homens e 71.490 em mulheres.

Já o melanoma da pele é menos frequente, porém sua letalidade é mais elevada. Afeta todos os grupos étnicos em alguma proporção. No Brasil, são estimados 6 mil casos de melanoma por ano, mas acredita-se que este número seja subestimado.  Nos Estados Unidos, são cerca de 70 mil pacientes anuais. A maior incidência no mundo é na Austrália, onde um a cada 30 brancos caucasianos (de pele clara) tem a doença.


Causa

A exposição excessiva ao sol é o principal fator de risco para o surgimento dos cânceres da pele.
O oncologista Dr. Rafael Schmerling explica que os carcinomas de pele basicamente estão relacionados à exposição crônica, contínua.  Já o melanoma tem outro perfil. “Há dados que sugiram uma relação com a exposição aguda, intensa (queimaduras) e com maior risco de ocorrem na infância, com o desenvolvimento do câncer décadas depois; acomete principalmente as pessoas que ficam vermelhas com pouca exposição solar, o popular camarão”, conta.


Sinais

Com a ajuda do espelho é possível fazer um auto-exame, para detectar possíveis manchas na pele. Vale para qualquer região do corpo, rosto, costas, região genital, couro cabeludo e unhas.  Os carcinomas aparecem como lesões rosas, com borda ligeiramente elevada. Pode ser ainda um nódulo brilhante, ou mancha avermelhada, ou até mesmo uma ferida aberta que sangra com saída de secreção.

O câncer de pele que se apresenta em forma de pinta é o melanoma. A pinta do melanoma é normalmente diferente das outras. “Habitualmente é maior, tem a borda assimétrica, e o fator mais importante é o crescimento. Se a pinta está crescendo, seja em elevação ou extensão, precisa ser avaliada imediatamente”, avisa Schmerling. “Se está coçando ou até mesmo sangrando, então, há risco de estar em estágio ainda mais avançado, resume.


Tratamento

A maioria das lesões precoces em caso de carcinoma é resolvida apenas com a intervenção cirúrgica. Já o melanoma além da cirurgia, eventualmente demandará um medicamento complementar.  Estima-se que no Brasil em cerca de 20 a 25% dos casos o paciente apresenta a doença na forma metastática, ou seja, com comprometimento de outros órgãos. “O melanoma tem essa capacidade de invadir outros órgãos: pulmão, fígado e até o cérebro”, comenta Schmerling.

Mesmo em situações de doenças metastáticas com terapêuticas bastante complexas é possível curar uma parcela desses pacientes. São tratamentos que envolvem imunoterapia, que é um tratamento de alta complexidade. A droga mais estudada e conhecida neste cenário é a interleucina-2, uma substância produzida em nosso organismo, mas que é aplicada em elevadas doses com o intuito de otimizar o sistema imune para que este ataque a doença. “Mesmo os que não são curados podem ter a doença sob controle para garantir a qualidade de vida do paciente, muitos inclusive continuam a trabalhar”, finaliza.



DICAS PARA EVITAR DANOS À PELE

Aplicar e repassar várias vezes o protetor solar, mesmo quando exposto apenas à luz artificial
Usar chapéu
Dar preferência a roupas de proteção solar que filtram os raios solares
Não se enganar com os dias nublados, mesmo quando há só mormaço,  a pessoa fica exposta aos raios solares, é quando acontecem as queimaduras mais graves

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