O último módulo do 1º Festival de Brincantes, que ocorre no próximo final de semana (2 e 3 de julho) será dedicado a educadores. Com o tema “Educação Cultural”, a programação do evento traz oficinas, mostra de trabalhos, lançamentos de livros, roda de conversas e aula-espetáculo com Antonio Nóbrega. O Festival teve início em abril, e passou pelo cavalo marinho, maracatu rural e frevo, com o objetivo de incorporar a cultura brasileira como ferramenta de transformação dos indivíduos. Está sendo realizado na própria sede do Instituto, na Rua Purpurina, 428, Vila Madalena, São Paulo
O evento, uma parceria do Instituto Brincante com a Chesf, por meio da lei de incentivo à cultura (Lei Rouanet), reunirá artistas, educadores, jornalistas, pesquisadores, escritores, compositores, poetas, cineastas e musicistas para refletir sobre o tema Educação Cultural. Além disso, abrirá espaço para a demonstração de trabalhos de diversos profissionais que, mesmo em diferentes áreas, incorporaram elementos da cultura brasileira no seu dia a dia.
A relação do Instituto Brincante com a arte e educação surgiu há quase 20 anos, quando um grupo de espectadores se interessou em aprender o que a dupla de artistas, Rosane Almeida e Antonio Nóbrega, faziam no palco. Nasceu assim a Arte do Brincante, onde os fundadores do Instituto mostravam a outros intérpretes as expressões populares que lhe inspiravam e como se apropriar delas. Em 1995, o teatro Brincante se torna oficialmente teatro-escola.
Um ano depois, com a ajuda de outros profissionais, Rosane e Nóbrega adaptaram o currículo do curso para a formação de educadores, capacitando assim o professor com linguagens da cultura brasileira e instigando à reflexão sobre o ensino tradicionalmente oferecido a crianças e jovens. O curso fez tanto sucesso que o Instituto C&A passou a patrocinar a formação de educadores da rede pública. Neste período, o Brincante foi reconhecido como ponto de cultura.
Para Rosane, a boa arte educa e a boa educação deve ser artística. “Se avaliarmos o histórico do Brincante, perceberemos como os cursos foram surgindo à medida que evoluíamos nos trabalhos de palco. E nosso trabalho também se fortalece com a evolução dos pensamentos aplicados à educação”.
Muitos alunos e ex-alunos do Instituto (dançarinos, professores, advogados ou médicos), hoje atuam em escolas públicas e particulares e em projetos comunitários. A partir dos conhecimentos adquiridos no Brincante, pessoas de diferentes perfis vêm transformando realidades, seja por meio de produções artísticas, disseminando saberes ou simplesmente mudando sua forma de ver o mundo.
Abaixo, segue a na íntegra a programação do Festival voltada aos Educadores:
Mostra de Trabalhos sobre Educação Cultural
Quando: 2 e 3 de julho (sábado e domingo)
Horário: Das 14h às 22h
Onde: Instituto Brincante
R. Purpurina, 428, Vila Madalena, SP
Entrada franca
Telefone para contato: [11] 3816-0575
Informações sobre a programação completa do Festival: www.institutobrincante.org.br
02 de julho (sábado)
Horário: 14h (entrada franca)
Oficina com Eugenia Nobrega (musicista) e Mostra de Educadores:
Fernando Barroso (arte-educador), Maria Alice Amorim (ensaísta e pesquisadora), Gianni Puzzo (produtor audiovisual) e Afonso Oliveira (produtor e consultor de políticas culturais).
Horário: 21h
Encerramento com aula-espetáculo “Mátria, uma outra linha de tempo cultural”, com Antonio Nóbrega
Ingressos Gratuitos – retirar com 1 h de antecedência
03 de julho (domingo)
Horário: 15 h (entrada franca)
Mostra de Educadores:
Gabriel Levy (músico), Lucilene Silva (educadora), Vera Athayde (arte-educadora), Valéria Vicente (jornalista, bailarina e professora de dança da UFPB), Braulio Tavares (escritor, poeta e compositor).
Horário: 20 h
Encerramento com Roda de Conversas:
Mesa redonda sobre o tema “Cultura e Educação” com participação de Maria Amélia Pereira (Pedagoga com formação em Cinesiologia e fundadora do centro de estudos Casa Redonda), Antonio Nóbrega (músico, compositor e dançarino), Braulio Tavares (escritor, poeta e compositor) e Maria Alice Amorim (ensaísta e pesquisadora). Mediação de Rosane Almeida.
Sobre o Instituto Brincante:
O Instituto Brincante foi criado em 1992 por Antônio Nóbrega e Rosane Almeida, artistas e pesquisadores das diversas manifestações artísticas do país, com o objetivo de lançar um olhar diferenciado sobre a cultura brasileira. Sua trajetória contempla a realização de cursos gratuitos, dirigidos a professores da rede pública de ensino e à população jovem de baixa renda. As aulas integram música, dança e artes dramáticas; a literatura por meio da poesia e dos contos tradicionais; e as artes plásticas por meio do estudo das máscaras, figuras, adereços e brinquedos que compõem as diferentes expressões da cultura brasileira. Em 2005, o Instituto foi reconhecido pelo Ministério da Cultura como Ponto de Cultura, devido ao seu trabalho de pesquisa e de formação e por promover ações de valorização, recriação e celebração da riqueza artística nacional. Entre 1998 e 2010, foram atendidos diretamente mais de dois mil jovens e 2600 educadores e aproximadamente 10 mil pessoas participaram de oficinas, cursos livres e palestras.
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