
“Player Piano”, segundo álbum do Memory Tapes, é lançado digitalmente hoje pelo selo Vigilante (Deck). Assim como o seu antecessor, o aclamado “Seek Magic”, o disco foi gravado no estúdio na casa de Dayve, em New Jersey, aonde ele se equilibra entre cuidar de sua filhinha e ser um músico. Enquanto “Seek Magic” foi mais eletrônico, com muitos sons dançantes, “Player Piano” é mais sobre a melodia. Basicamente, há muitas partes pegajosas no novo álbum: refrões para cantar junto e músicas que se apresentam acessíveis desde a primeira audição, apesar de letras tristes que descrevem uma mente desconexa e um profundo sentimento de isolamento.
O projeto do músico Dayve Hawk alcança um patamar que tem caracterizado alguns dos mais interessantes artistas de hoje: um remix de influências que, apropriadas e filtradas pelo músico e compositor, tornam-se autênticas e marcantes de um estilo único. E conseguimos, num único álbum, ouvir ecos do indie pop do Phoenix, a melancolia das mais gélida canção do Bon Iver e a cinza paisagem urbana do Portishead. A base para “Player Piano” nasceu da idéia de que “seriam músicas psicodélicas, baseadas no teclado, de um grupo de garotas, tipo uma nota suicida da Motown”.
Dessa vez, ele se absteve bastante de batidas modernas em prol de “baterias que soassem como os discos dos anos 60 do The Kinks”. Ainda há espaços para o R´n´B moderno, junto com dôo wop dos anos 50, krautrock e alguns acenos para Aphex Twin. O primeiro single, “Wait in the Dark”, é imediatamente assimilado e ficando difícil evitar o cantarolar conseqüente. Já a melancólica “Yes I Know” rendeu um dos mais lindos e impressionantes clipes do ano até o momento. Dayve já está trabalhando no terceiro álbum do Memory Tapes, que será um “space rock, ao estilo do Black Sabbath” baseado na guitarra.
Clipe “Yes I Know”: http://www.youtube.com/watch?v=XpOH2lWFEl8
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