7 de junho de 2011

Rafael Cortez lança CD instrumental, autoral e independente


“Elegia da Alma” traz 15 composições de Rafael Cortez, todas tocadas e gravadas por ele ao longo de sete anos. O disco mostra uma faceta desconhecida de um dos repórteres televisivos mais conhecidos da atualidade; Show de lançamento acontece dia 15 de junho, às 21h, no TUCA. Jornalista formado pela PUC-SP, ator e humorista consolidado pelo programa Custe o Que Custar - CQC, Rafael Cortez também é músico, fato que pouca gente sabe.

Após estudar com alguns dos principais nomes do instrumento na adolescência, Rafael descobriu os caminhos do Teatro, do Jornalismo e do Humor, desistindo de se transformar em violonista erudito – projeto de vida que seguiu à risca por alguns anos.

Agora, Rafael aproveita o momento de reconhecimento em outras áreas para retomar a sua carreira de músico lançando “Elegia da Alma”, seu primeiro CD como violonista e compositor. O álbum foi totalmente idealizado, dirigido, produzido e financiado pelo artista.

Elegia da Alma
“Elegia da Alma” reúne 15 composições − escritas por ele entre 1996 e 2010 − e uma faixa bônus feita no improviso. O disco mostra também o modo como Cortez se relacionou tecnicamente com o instrumento nos últimos anos, trazendo gravações realizadas entre 2005 e 2011, todas registradas por Flávia Calabi e Guilherme Ramos, da Radar Sound.

Com texto de apresentação da jornalista Lorena Calábria, “Elegia da Alma” é como ela mesma diz: “um disco autoral, no mais amplo sentido. Vai de reminiscências da infância ao duelo literário”.

Composições
Cortez dividiu suas obras entre as emotivas, nascidas de vivências e sentimentos pessoais, e as experimentais. As 15 peças do CD mostram três momentos de composição, que aconteceram − e ainda acontecem − paralelamente:

“Ponte Aérea”, “Maninha”, “Helena”, “Elegia da Alma” e “Rua das Estrelas Sírius” foram feitas sob influência do violonista espanhol Andrés Segóvia (1893-1987), uma herança dos estudos clássicos de Rafael.

“Badica”, “Naquele Tempo”, “Cordel de Guilherme de Faria”, “Saudades da Bossa” e “Quando Danço Com Seu Corpo” são influenciadas diretamente pelo trabalho da cantora e violonista Badi Assad. A sequência mostra a fase da redescoberta do prazer de Cortez em tocar violão e seu flerte com o instrumento modernizado.

“Encantada’, “A Tocaia” (tema e variações) e o improviso contido na faixa bônus “O Velho Diálogo de Adão e Eva” são as músicas que “contam causos”, por assim dizer. São as que descrevem a trajetória de uma artista ou que oferecem uma leitura musical de obras ou trechos de clássicos da literatura, como “O Tempo e o Vento”, de Érico Veríssimo”, ou “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis.

Independência
“Elegia da Alma” nasceu do desejo de Cortez em levar adiante o CD demo que lançou em 2005. “Solo” teve apenas 200 cópias e era o embrião de um disco completo que Cortez previra para 2008. O excesso de trabalho e outros contratempos fizeram com que o projeto fosse priorizado apenas agora, em 2011.

Previsto para sair por alguma grande gravadora ou selo, “Elegia da Alma” tornou-se um projeto 100% independente. Cortez optou por esse caminho para não fazer nenhum tipo de concessão ou adaptação, mantendo a apresentação, conteúdo e finalidade do disco de acordo com tudo o que acredita. Rafael crê que a incompatibilidade de sua imagem pública de humorista com a de músico instrumental e autoral mostrada em “Elegia da Alma” também serviu de entrave ao empreendedorismo das gravadoras.

Sob influência de artistas que já bancaram totalmente seus projetos, em todos os sentidos, como os rappers do Public Enemy, Rafael Cortez seguiu sozinho assumindo os principais papéis no projeto. Todo o processo levou cerca de sete anos e foi totalmente pago pelo artista. Ele não recebeu nenhum patrocínio, tampouco buscou financiamento da iniciativa privada ou os mecanismos públicos de fomento à cultura.

“Elegia da Alma” poderá ser encontrado nas principais livrarias de rede das grandes capitais. Centros Culturais, casas de shows e espaços alternativos de todo o país farão a venda do trabalho. Tudo isso, a partir da primeira semana de junho. Mais informações podem ser encontradas no site oficial do CD: www.rafaelcortez.com/elegiadaalma

Ficha técnica
O CD traz um grande encarte, com arte de Vinny Campos. As fotos são da agência Na Lata e de Isadora Brant. A produção executiva é de Verônica Amorim. Repleto de textos explicativos das composições e muitas imagens, o próprio encarte traz essas palavras de Rafael Cortez: “Ao ouvir este CD do começo ao fim, você encontrará um trabalho simples, despretensioso, sincero, emotivo, e, acima de tudo, verdadeiro. E pode ter certeza: ao ouvir ‘Elegia da Alma’ até a faixa final, com atenção, você terá conhecido um pouco mais quem sou eu”.

Sobre o lado violonista de Rafael Cortez
Rafael Cortez Iniciou seus estudos de violão em 1994 com Ledice Fernandes. Também foi aluno de dois dos maiores professores do país: Henrique Pinto e Edelton Gloeden. Estudou com a cantora e violonista Badi Assad por três anos, de quem herdou alguns traços musicais definitivos em seu trabalho. Participou de diversos cursos e master-classes, como os de Paul Galbraith, Abel Carlevaro, Duo Assad e Fábio Zanon.

Como recitalista, se apresentou em diversos locais, espaços culturais e teatros do país, seja apenas acompanhado de seu violão ou em formações diversas - como no recital de cordéis e violão com o artista plástico e escritor Guilherme de Faria, em espetáculos teatrais diversos (onde também atuou) ou em duo com Contadores de Histórias, por exemplo.

Em maio de 2005, Rafael estreou no Teatro Paulo Autran, em SP, o balé “Para todo o Sempre”, integrante do espetáculo “Duas de Uma Só”, interpretado pela Cia. Brasileira de Danças Clássicas (CBDC). “Para Todo o Sempre” foi coreografado pela bailarina Andrea Thomioka, sendo que todas as músicas dançadas no palco eram de autoria e tocadas por Rafael Cortez. O balé foi gravado especialmente pela Rede Sesc Senac de televisão, integrando a programação da emissora no STV na Dança.

Apresentou-se com Andrea Thomioka no XI Festival de Danças do Mercosul, em Puerto Iguazú, na Argentina. Em 2005 lançou “Solo” uma demo de seu trabalho como compositor e intérprete. Gravou quatro audiolivros de Machado de Assis, todos lançados pela Editora Livro Falante. Em todos esses trabalhos, incluiu trechos de suas músicas instrumentais. Já estabelecido como humorista e integrante do CQC, realizou recitais no teatro Regina Vogue, em Curitiba, e no teatro Eva Herz, da Livraria Cultura, em São Paulo.

Rafael Cortez continua no CQC, tem um solo de humor − “De Tudo Um Pouco” −, é um dos apresentadores do “Na Pegada”, da rádio Metropolitana FM, e atua em diversos eventos corporativos e campanhas publicitárias.

No entanto, Cortez não esquece da música. Ainda em 2011, ele finaliza o audiolivro “O Meu Pé de Laranja Lima”, clássico de José Mauro de Vasconcellos. O trabalho tem sua voz, interpretação de músicas antigas com Rafael e seu violão e novas composições instrumentais, todas feitas especialmente para essa obra.

Show de lançamento de “Elegia da alma”

Dia 15 de junho, às 21h no TUCA (Rua: Monte Alegre, 1024, Perdizes)
Os ingressos custam R$ 50 e R$ 25 (meia-entrada) e podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou pelo site: www.ingressorapido.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Ultima Postagem

República Tcheca registra crescimento de turistas latino-americanos

O Brasil continua sendo o líder em termos de pernoites, com 104.849 noites A República Tcheca registra crescimento nas chegadas de turistas ...