Acontece nos dias 25 e 26 de junho de 2011, em Pindamonhangaba, com patrocínio da Gerdau, o espetáculo de dança infanto-juvenil da Cia Druw VILA TARSILA, dirigido por Miriam Druwe e Cristiane Paoli Quito. Em um roteiro que valoriza o lúdico, “Vila Tarsila” joga luzes nas memórias de infância de Tarsila do Amaral, e remonta sua trajetória criativa, desde suas primeiras impressões sobre cores e formas, até as origens dos elementos que influenciaram diretamente em sua criação artística.
“Vila Tarsila” teve o apoio da 6ª edição da Lei do Fomento à Dança do Município de São Paulo e transporta o espectador ao mundo antropofágico da artista, demonstrando que sua obra nasceu das experiências visuais das inúmeras viagens realizadas e das brincadeiras que recheavam as tardes na fazenda onde vivia em Capivari, interior de São Paulo, onde podia correr livremente entre pedras, árvores, cactus e brincar com bonecas feitas de mato, em contraponto com a educação francesa que recebeu de seus pais. Certamente, o ápice desse aprendizado foi o “Manifesto Antropológico”, criado em parceria com Oswald de Andrade em 1928 e que propunha a “devoração cultural das técnicas importadas para reelaborá-las com autonomia, convertendo-as em produtor de exportação”.
Miriam Druwe e Cristiane Paoli Quito buscaram referências em algumas telas da pintora modernista para inspirar os seis bailarinos/intérpretes-
Para complementar a investigação artística iniciada em agosto de 2009, Druwe e Quito tomaram como suporte o livro Tarsila do Amaral - A Modernista, de Nádia BattellaGotlib, e a exposição Tarsila - A Viajante, que teve curadoria de Regina Teixeira, realizada na Pinacoteca do Estado. Dessas duas incursões persecutórias, Druwe e Quito descortinam os bastidores do movimento modernista, a vida cotidiana de Tarsila, seu processo criativo e sua relação com a arte.
Druwe considera cada quadro da artista “como se fosse uma ‘vila Tarsiliana’ por onde se passeia, com ponte, lago, povoado... Cada obra é um passeio artístico!”. Um dos pontos que mais interessou à dupla de criadoras foi a faceta viajante de Tarsila, que a cada viagem empreendida registrava seus caminhos em forma de desenhos. Daí foram criados os proto-humanos, criaturas da natureza recorrentes na obra de Tarsila, presentes no universo mágico de quase todas suas telas. Nem humanos, nem animais, mas seres mágicos.
Serviço
Dias 25 e 26 de Junho, sábado e domingo, às 16h
Duração: 60 minutos
Recomendação: 5 anos
Entrada Franca (retirada de ingressos uma hora antes)
Doação voluntária de 1 novelo de lã
Teatro Cootepi - Av. Nossa Senhora do Bom Sucesso, 2750 – Pindamonhangaba - SP
Informações: (12) 3645-9090/ 9746-542
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