Felipe Barbosa, Rosana Ricalde e Claudia Moreira Salles apresentam suas mostras ao lado de obra de Henrique Oliveira e site-specific de Claudia Jaguaribe.
A partir de 07 de maio, a Baró Galeria recebe três mostras individuais dos artistas brasileiros Felipe Barbosa, Rosana Ricalde e Claudia Moreira Salles, além da peça da série “tapumes” de Henrique Oliveira e do site specific de Claudia Jaguaribe “o seu caminho”.
O artista carioca Felipe Barbosa (Niterói, 1978) é formado em pintura na Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em seus trabalhos, costuma se apropriar de elementos do cotidiano, como bolas de futebol, tampas de garrafa ou mesas de sinuca. Suas intervenções dialogam com a arquitetura e seguem uma lógica empírica, baseada em material encontrado no dia a dia com foco no irônico e absurdo aonde o artista propõe uma parodia dos sistemas e perspectivas aceitados criando um novo olhar e sinalizando a imperfeição de sua lógica.
Na Galeria Baró, ele apresenta a mostra Matemática Imperfeita, formada por mesas de sinuca e de tenis e uma escultura em grande escala na forma de uma escada onde o artista reitera elementos de usos destes objetos comuns propondo um outro ponto de vista.
Claudia Moreira Salles (Rio de Janeiro, 1955), formou-se na Escola Superior de Desenho Industrial em 1978. Desde que abriu seu escritório de design, em 1988, vem dedicando sua pesquisa ao desenho de móveis. Na Galeria Baró, apresentaParalelogramos, que reúne seis peças que propõem uma nova visão dos elementos do design e suas pesquisas de forma e material - mesas de centro feitas em pedra, aço, alumínio, corian e madeira - em relação com espaço expositivo.
“São formas do vocabulário modernista, cada uma delas contendo um elemento que desorganiza o mote forma segue a função. Na tipologia do mobiliário, mesas de centro são as que menos dependem de constrangimentos da ergonomia e onde as formas geométricas básicas podem manter sua integridade”, diz a artista.
Rosana Ricalde (Niterói, 1971), transforma palavras em imagens. Formada em gravura pela Belas Artes da UFRJ e mestranda em Ciência da Arte pela Universidade Federal Fluminense, a artista apresenta a exposição O livro das questões, em que reúne obras antigas e recentes. Sua produção dá ênfase à palavra escrita, aos livros e às mensagens que podem surgir diferentes interpretações. Na obra Corrente de Papel, a artista une elos de papel com uma palavra impressa aleatoriamente, formando textos particulares de acordo com o leitor.
Costuma também criar mapas ou labirintos com tiras de frases tiradas de livros clássicos, como na obra Mil e Uma Noites. “Quase todos os trabalhos tiveram sua origem a partir de algum livro, inclusive o título da mostra – O livro das Questões – obra do poeta franco-egípcio Edmond Jabes, que foi para mim uma descoberta especial nessa busca por uma ordenação das minhas idéias”, diz a artista.
Além das três mostras, a Galeria Baró recebe um site spefic projetado por Claudia Jaguaribe. Formada em História da Arte pela Boston University, a também carioca Claudia Jaguaribe (1955) foca seu trabalho em extensa pesquisa gráfica que utiliza diferentes mídias para lidar com a contemporaneidade, em imagens que mesclam subjetividade e reflexão. Na Baró Galeria, a artista apresenta O Seu Caminho, resultado de uma pesquisa sobre a água, geografia e sobre o futuro do mundo natural. Um grande painel fotográfico tomará a estrutura de vidros das janelas da galeria, se apropriando da arquitetura do galpão e redefinindo a luz da galeria. Também serão expostos um conjunto de fotografias da artista, vencedoras do prêmio Funarte Marc Ferrez de Fotografia na categoria “Pesquisa, experimentação e criação em linguagem fotográfica”, em 2010. Por este trabalho Claudia também foi nomeada, no mesmo ano, para o prêmio Picket de fotografia. “Trata-se de explorar o potencial da fotografia trazendo uma dimensão virtual da experiência da água em diferentes níveis de percepção, sem se ater a uma documentação tradicional”, diz a fotógrafa.
O espaço expositivo da Baró é tomado pela obra em grande escala da série “tapumes” de Henrique Oliveira (Ourinhos, 1973. O artista, que participou da 29ª Bienal de São Paulo com a obra A Origem do Terceiro Mundo, instala na galeria Baró o resultado de sua pesquisa sobre a manipulação de suportes de madeira e lascas de compensado. Atualmente, sua produção está intimamente ligada ao ambiente e à arquitetura em que está inserida.
SERVIÇO – BARÓ GALERIA
Rua Barra Funda, 216, Barra Funda – São Paulo
(11) 3666-6489
Horário de funcionamento: De segunda-feira a sexta-feira, das 11h às 19h; sábados das 11h às 17h.
Entrada gratuita
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