apresenta
PINA BAUSCH TANZTHEATER WUPPERTAL
Ten Chi, coreografia de Pina Bausch inédita no Brasil, em cinco espetáculos no Teatro Alfa, entre 14 e 19 de abril.
A Temporada de Dança do Teatro Alfa em 2011 começa mais cedo, em 14 de abril, por um excelente motivo: receber a Pina Bausch Tanztheater Wuppertal, uma das maiores companhias do mundo, um nome mágico no mundo das artes e da cultura. Com 38 integrantes entre bailarinos e técnicos, o grupo fundado por Pina Bausch em 1973, retorna ao Teatro Alfa pela quinta vez desde 2000 para apresentar Ten Chi (Céu e Terra), coreografia inédita no Brasil, criada no Japão em 2004, fruto da residência da coreógrafa naquele país. Ten Chi terá cinco apresentações entre 14 e 19 de abril.
O espetáculo é o último de uma série que pode ser chamada de relatos de viagem coreografados – obras fortemente influenciadas e inspiradas pela localização geográfica de sua criação. Em um cenário decorado com flores de sakura e uma cauda de baleia gigante, os talentosos bailarinos da Tanztheater Wuppertal exploram com humor e densidade os sons, sinais, características e paradoxos da cultura japonesa moderna. Serão 17 bailarinos em cena, com trilha musical de diversos compositores e textos de autores como Brecht e Saramago.
Trabalhando com a companhia desde 1999, Robert Sturm assumiu após a morte de Pina Bausch, em 2009, a direção artística do grupo, junto com o bailarino Dominique Mercy. Sobre Ten Chi, Sturm diz “Pina fez algumas mudanças no espetáculo nos primeiros anos após a estréia. Levou algum tempo até Ten Chi encontrar seu formato definitivo. A partir dali, nada mudou e é esse espetáculo que apresentaremos – agora e no futuro”.
Embalado por uma trilha que inclui Norah Jones e Gustavo Santaolalla, e textos de Bertold Brecht e José Saramago, entre outros, o espetáculo traz no elenco a brasileira Regina Advento, integrante da companhia desde 1993.
Desde 2000, a Pina Bausch Tanztheater Wuppertal apresentou-se quatro vezes no Teatro Alfa: naquele ano, com Massurca Fogo, espetáculo de 1998; em 2001, com Água, inspirado e feito no Brasil; em 2006, com o "Para as crianças de ontem, hoje e amanhã (em alemão, Für Die Kinder Von Gestern, Heute Und Morgen), de 2002; em 2009, com duas coreografias Café Müller, de 1978, e A Sagração da Primavera (em alemão, Das Frühlingsopfer), de 1975.
Após a apresentação da companhia de Pina Bausch, a Temporada de Dança 2011 do Teatro Alfa prosseguira com: Grupo Corpo, que apresentará a estréia da nova coreografia ainda sem título, além de O Corpo (de 2000) em dez performances de 5 a 14 de agosto; São Paulo Companhia de Dança, as coreografias Supernova, Legend, Inquieto e Tchaikovsky Pas de Deux, em três datas, de 26 a 28 de agosto; Cia. de Dança Deborah Colker, dez apresentações da inédita coreografia Tathyana de 9 a 18 de setembro; Akram Kahn Company (Inglaterra) traz as coreografias Gnosis e Vertical Road, em quatro noites, de 13 a 16 de outubro; Sasha Waltz and Guests (Alemanha) apresenta Travelogue I – Twenty to Eight, em dois dias, 29 e 30 de outubro.
As assinaturas para a Temporada de Dança ainda estão à venda com preços especiais pelo site www.teatroalfa.com.br ou pelos telefones (11) 5693.4000 e 0300.789.3377.
Ten chi – Uma cartografia sentimental, por Fabio Cypriano (jornalista, autor do livro Pina Bausch)
O espetáculo “Ten Chi”, de 2004, foi uma das últimas criações de Pina Bausch (1940 – 2009). Concebido dentro de um procedimento que a coreógrafa iniciou, formalmente, com “Viktor”(1986), “Ten Chi” é uma co-produção com a cidade de Saitama, no Japão.
Ao todo, Bausch realizou 15 coproduções a partir de culturas locais, todas inspiradas em residências que duravam em média três semanas. Em cada uma delas, ela e sua companhia visitavam personalidades locais, conheciam lugares populares, integravam-se aos costumes de cada região.
Depois, tudo isso se transformava no palco em fragmentos de cartões postais, onde cada bailarino anotava suas leituras particulares de cada situação vivida. O resultado nunca foi uma mera ilustração dos lugares por onde a trupe passou, mas uma cartografia sentimental.
A importância da visão de cada bailarino, com sua experiência particular, afinal, foi sempre o mote central da coreógrafa. “Eu não me interesso em como as pessoas se movem, mas o que as movem” foi a ideia central de Bausch ao longo de sua carreira, um conceito que revolucionou a dança no século 20 e influenciou todas as gerações de coreógrafos e bailarinos que a seguiram.
O palco de “Ten Chi” revela partes de uma baleia. Sobre eles, em alguns momentos, neva incessantemente. Essa situação ambivalente costuma ser o tom das peças, colagens de situações onde o que aparentemente é inconciliável se reúne. Por isso, Bausch nunca explicou seus espetáculos, ela preferia que cada um a observasse a seu jeito, reunindo as peças ao seu critério.
Se na peça estão estereótipos da cultura japonesa, como quimono, bonsai e samurai, eles estão ali mais como mementos, apontamentos de viagem. Eles estimularam cada bailarino a falar algo ou dançar de determinado jeito, porque Bausch sempre dizia que, quando falar torna-se impossível, é preciso dançar.
Ten Chi – Ficha técnica:
Uma obra de Pina Bausch
Em co-produção com a Prefeitura de Saitama, Saitama Arts Foundation e Nippon Cultural Center
Diretora e coreógrafa Pina Bausch / Cenografia Peter Pabst / Figurinos Marion Cito / Colaboração Musical Matthias Burkert, Andreas Eisenschneider / Colaboração Robert Sturm, Daphnis Kokkinos, Marion Cito / Música Ryoko Moriyama, Hwang Byungki, Kodo, Yas-Kaz, Balanescu-Quartett, Thomas Heberer, Rene Aubry, Beth Gibbons & Rustin Man, Gustavo Santaolalla, Robert Wyatt, Kreidler, Labradford, Plastikman, Tudôsok, Underkarl, Club des Belugas e outros / Textos Ruth Berlau, Bertolt Brecht, Georg Büchner, Jose Saramago, Margarete Steffin, Wislawa Szymborska / Estréia mundial 8 de Maio de 2004, Schauspielhaus Wuppertal / Apresentações internacionais 2004 Saitama; 2005 Paris, Tóquio e Lisboa; 2006 Wiesbaden; 2007 Los Angeles e Berkeley.
PINA BAUSCH TANZTHEATER WUPPERTAL no TEATRO ALFA - SERVIÇO
local: Teatro Alfa (R. Bento Branco de Andrade Filho, 722 – tel. 5693.4000)
datas e horários: 14 de abril, quinta-feira, 21h; dia 16, sábado, 21h; dia 17, domingo, 18h; dias 18 e 19, segunda e terça, às 21h.
Preços: Setor I e II, R$200,00; Setor III, R$ 100,00 e Setor IV, R$ 60,00
Lotação: 1110 lugares
Duração: 1ª. parte: 1 hora – Intervalo: 20 minutos – 2ª. parte: 1h25
Classificação etária: 12 anos
Estacionamento: Valet c/ manobrista = R$ 25,00 - Self = R$ 18,00
Como Comprar:
Por Telefone: 5693-4000 e 0300-789-3377 (Serviço exclusivo do Teatro Alfa)
Venda efetuada com cartões de crédito (Amex, Visa, MasterCard e Diners Club), de segunda à sábado das 11h às 19h e domingos das 11h às 17h. Em dias de eventos até 1 (uma) hora antes do início dos mesmos. Os ingressos poderão ser retirados no próprio teatro no dia do espetáculo.
Ingresso Rápido - 4003.1212 – www.ingressorapido.com.br
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