Passe Livre
Uma proposta incomum e... tentadora
A discrição masculina ao olhar para os atributos femininos na rua é tão eficiente quanto um barco furado em uma forte tempestade em alto mar. A curiosidade dos homens não se limita ao amor por suas esposas, nem pelo casamento espetacular ou pela satisfação sexual. A olhadinha básica pro lado, estejam onde estiver, é inevitável.
Dirigido e produzido pelos irmãos Peter e Bobby Farrelly, responsáveis pelos sucessos Quem vai ficar com Mary?, Eu, Eu Mesmo e Irene e O Amor é Cego, Passe Livre (Hall Pass, 2011) é uma comédia estrelada por Owen Wilson e Jason Sudeikis onde interpretam, respectivamente, Rick e Fred, grandes amigos que, de acordo com suas esposas Maggie (Jenna Fisher) e Grace (Christina Applegate), são obcecados por sexo. Numa festa de amigos, Rick e Fred são filmados falando obscenidades sem perceber que os demais convidados estavam assistindo tudo.
Maggie e Grace, cientes da compulsão sexual dos maridos, utilizam um curioso método para reanimar seus casamentos: concedem aos maridos um "passe livre", que consiste em uma semana de liberdade total do casamento para fazer o que bem entenderem: realizar suas fetiches, sair com quem quiser e curtir a solteirice como nos tempos de faculdade. Na teoria, tudo parece perfeito: uma oportunidade tentadora de voltar ao passado sem nenhuma culpa. Porém, na prática não foi exatamente como o planejado.
O longa mostra a ilusão de ótica que os homens casados têm em relação à liberdade. Em determinado ângulo, a solteirice pode parecer incrível, por outro pode se mostrar claramente o contrário. Sem os conhecimentos necessários, uma “rapidinha” na apostila da juventude e, principalmente, sem ajuda profissional de um “velho lobo do mar” para voltar à ativa, sem chance pra você, garanhão de meia idade. Passe Livre é, sem dúvida, um filme feito pra fazer rir. E também, pra pensar. Com o cérebro de cima, não com o de baixo.
Por Felippe Alves
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