23 de fevereiro de 2011

BMW anuncia realização de festival de jazz em São Paulo


Primeira edição levará ao palco do Auditório Ibirapuera, de 10 a 12 de junho, dez atrações de diversas gerações e estilos

Após hiato de alguns anos, o Brasil volta, em 2011, a fazer parte do circuito mundial dos grandes eventos de jazz. De 10 a 12 de junho, a cidade de São Paulo recebe a primeira edição do inédito BMW JAZZ FESTIVAL, no Auditório Ibirapuera. A realização do festival era um sonho antigo da filial brasileira da montadora alemã, frequentemente envolvida mundo afora em eventos ligados a arte, música, moda, arquitetura e design.

“Acreditamos que o gênero musical do jazz possui enorme sinergia e diversos atributos em comum com a marca BMW, como a classe, a elegância, a sofisticação, a estética e a orientação cultural”, explica Henning Dornbusch, diretor presidente do BMW Group Brasil. “A ideia é resgatar a cultura do jazz, contribuindo para o fortalecimento do gênero no país”.

A empresa entregou a direção artística e produção do evento nas mãos experientes da produtora e cineasta Monique Gardenberg, da Dueto Produções, responsável pela concepção dos extintos Free Jazz e Tim Festival, que, por sua vez, se cercou de seu antigo time de colaboradores/curadores: o jornalista Zuza Homem de Mello, o músico e produtor musical Zé Nogueira e o produtor musical Pedrinho Albuquerque. O resultado foi a seleção de dez atrações, dotadas de estilos diversos, pertencentes a gerações distintas do jazz e suas variações, todas em plena produtividade.

O veterano Wayne Shorter, saxofonista americano que fez parte da banda de Miles Davis e considerado por muitos o maior compositor vivo do jazz, vem com o seu quarteto, formado por alguns dos melhores músicos da atualidade: Danilo Perez, no piano, John Patitucci, no baixo, e Brian Blade, na bateria. O também saxofonista tenor Billy Harper, também dos Estados Unidos, dez anos mais jovem do que Shorter, apresenta com o seu quinteto um jazz temperado pelas raízes blues e gospel, adquiridas em sua infância no Texas.

Dona de uma voz poderosa, Sharon Jones é a mais nova diva da black music americana. Descoberta tardiamente, ela chega acompanhada de seu grupo, The Dap Kings, que ganhou reconhecimento mundial ao gravar seis das onze faixas de Back to Black, disco de maior sucesso de Amy Winehouse. Um dos conjuntos mais fiéis ao autêntico soul e R&B dos EUA, Sharon Jones & The Dap Kings apresenta a turnê de seu quarto disco, I Learned the Hard Way, que chegou ao 15º lugar da parada Top 200 da Billboard e já superou a marca de 150 mil cópias vendidas.

O compositor e baixista norte-americano Marcus Miller promove um tributo a Miles Davis com o celebrado projeto Tutu Revisited, onde faz uma releitura do seminal Tutu, álbum do trompetista lançado em 1986, no qual tocou diversos instrumentos e foi o principal compositor. Outro integrante da turma do sax, o premiado Joshua Redman, californiano filho do lendário músico Dewey Redman, vai mostrar por que é tido como um dos mais importantes artistas do gênero surgidos na década de 90.

Principal representante da música brasileira no line-up do festival, a Orkestra Rumpilezz mistura jazz e ritmos afro-brasileiros, em formato de big band, através de canções originais escritas e arranjadas pelo maestro e saxofonista Letieres Leite. De composição semelhante, mas com proposta totalmente diferente, a Funk Off Brass Band (foto), banda marcial italiana de sopro e percussão, mostra sua fusão de funk, soul, R&B e jazz, animada por coreografias mirabolantes.

Diretamente da Carolina do Sul, o grupo Madison Bumblebees of Winnsboro foge dos padrões do gospel (coral, órgão e bateria), adotando uma formação inovadora em que os instrumentos de frente são trombones, aliados ao vocal característico.

Entre os maiores contrabaixistas do mundo, o virtuoso francês de origem catalã Renaud Garcia-Fons desembarca de Paris para levar ao palco sua combinação de jazz, música clássica, flamenco e outros gêneros, presentes em seu recém-lançado disco Mediterranées. O pianista norueguês Tord Gustavsen vem acompanhado de seu trio para apresentar seu jazz com toques de folk escandinavo, blues e música caribenha, que tem despertado grande interesse da mídia especializada.

Com a promessa de ser um dos mais primorosos e completos festivais de jazz de todos os tempos no Brasil, e para incentivar um conhecimento mais profundo sobre o gênero, o BMW JAZZ FESTIVAL não ficará restrito ao palco principal do Auditório Ibirapuera. Serão oferecidos workshops com as principais atrações e uma programação ao ar livre (e gratuita) no parque, que inclui shows e uma sessão de cinema com filmes relacionados ao estilo musical. O espaço onde antes funcionava a cantina do auditório, no subsolo do edifício, se transformará em um club para receber, a partir das 19 horas, algumas atrações brasileiras.

“Para nós a importância é poder levar o jazz, um gênero de altíssimo teor de qualidade musical, ao grande público, tornando-o acessível a todos os amantes de música”, afirma Alan Crean, responsável pelo departamento de marketing do BMW Group Brasil.

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