Dirigido por Alejandro González Iñárritu e protagonizado por Javier Bardem, “Biutiful” é aposta do México por uma vaga no Oscar.
O filme se passa na Espanha e nos conta a historia de Uxbal (Javier Bardem), um médium, pai de 2 filhos (Ana, de 10 anos, e Mateo, 7 anos), que ganha a vida trabalhando para um organização formada por estrangeiros da África e da China, que comercializa produtos falsificados e explora o trabalho dos imigrantes.
Numa fase em que sua vida está atribulada com problemas financeiros, profissionais e no relacionamento com a ex-esposa alcoólatra e bipolar, Uxbal descobre ter um câncer de próstata em estágio avançado e poucos meses de vida. Começa então a fazer de tudo para juntar dinheiro e garantir o futuro dos filhos, além de não deixar nenhuma pendência com as pessoas de seu convívio, em busca de perdão e redenção.
Assim como “Além da Vida”, de Clint Eastwood, que estreou na semana passada, “Biutiful” trás a morte e a perda como tema e exige do público muito mais do que atenção. O forte e demolidor impacto emocional do filme está na ótima interpretação de Javier Bardem junto com uma cenografia detalhista, que nos faz sentir o drama e a decadência do personagem através do submundo e da zona periférica da cidade.
E mesmo focando no drama do protagonista, o longa ainda consegue abordar muito bem o tráfico de chineses (que não acontece somente na Espanha), mostrando a exploração e as condições desumanas a que os imigrantes são submetidos.
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