Final da temporada - Confissões das Mulheres de 30

Camila Raffanti, Juliana Araripe e Patrícia Pichamone 

fazem suas Confissões no Jardim São Paulo

A comédia Confissões das Mulheres de 30 cumpre seu último final de semana no Teatro Jardim São Paulo, na zona Norte, de São Paulo.

Para ter um canal direto de comunicação com o público da peça, as atrizes Juliana Araripe e Camila Raffanti mantêm o blog www.mulheresreais.blog.br, que recebe entre 500 e 900 visitas semanais, com cinco minutos de permanência em média.

“Aqui contamos nossas próprias histórias e temos uma seção chamada Confessionário, onde as internautas também dão seus depoimentos sobre esta fase da vida. Parte do conteúdo servirá de matéria-prima para um novo espetáculo”, fala Juliana Araripe, atriz que colabora no texto e na direção coletiva da peça junto com Camila Raffanti. Com trabalho sólido no grupo Tapa, Patrícia Pichamone completa o elenco. Preocupações, amores e temores das mulheres de 30 anos são vividos com doses generosas de humor pela tríade.

Com a supervisão geral de Eduardo Wotzik, o espetáculo foi visto por mais de 120 mil pessoas. Entrou em cartaz em 29 de abril de 2008 em Campinas, no teatro Tim, e semanas depois, em junho, em São Paulo, no Teatro Folha, onde permanceu até 27 de junho de 2010. Entre 2 de julho e 8 de agosto deste ano foi apresentado no teatro Gazeta, na avenida Paulista, seguindo a partir de 21 de agosto, para o Teatro Jardim São Paulo para sua temporada final.

Com uma amostra de pensamentos e atitudes comuns das trintonas, a peça busca aproximação com o espectador através do riso e da identificação. Debate de forma leve questões da rotina feminina nesta etapa da vida, como descontrole emocional, filhos, primeiro namorado após a separação e trabalho.

A comédia documental tem direção do Coletivo de Criação Mano que Da Hora, grupo de artistas da área de música, fotografia, vídeo e teatro. O cenário do artista plástico Cholito Chowe é uma ambientação onírica para os depoimentos realistas. Com linguagem direta, confissões bem-humoradas brotam da dramaturgia de Domingos de Oliveira.

“A comédia mostra exatamente como as mulheres de 30 anos se sentem. Elas têm de ser ‘equilibradas’, dar conta do recado, na esperança de encontrar satisfação aos 40”, diz Camila Raffanti, atriz que cresceu e mora em Santana, bairro vizinho do Jardim São Paulo, onde a peça será apresentada, na zona Norte de São Paulo.

A primeira montagem estreou em 1992, no Rio de Janeiro, com Clarice Niskier, Dedina Bernadelli, Maitê Proença e Priscilla Rozenbaum. Ao longo de sua trajetória, ela já foi vista por mais de meio milhão de pessoas, no Rio, São Paulo, América Latina, Espanha e Portugal.

A sinceridade é o ponto forte do texto escrito a partir da colaboração das quatro atrizes do elenco original. “O resultado é teatro depoimento, que eu não inventei, mas apliquei. Os textos apareciam em conversas, as atrizes, mesmo sem ser escritoras, botavam no papel suas experiências íntimas e eu copidescava, dando forma teatral”, conta Domingos de Oliveira.

Em seu olhar de autor, toda peça deveria ser ou conter um escândalo. “Agora, nada escandaliza nem palavrão, nudez, crítica à política, só a sinceridade. E as mulheres de 30 são sinceras em suas confissões. No futuro, o espectador achará o relato sincero de uma vida o mais interessante dos espetáculos”.


Teatro Jardim São Paulo. Avenida Leôncio de Magalhães, 382, zona Norte (300 m do metrô Jardim São Paulo). Telefone 2959-2952.
359 lugares. Acessibilidade para portadores de deficiência física. Ar condicionado.
Ingresso: R$40.
Horário de funcionamento da bilheteria: terça a sexta, das 13h às 21h; sábado e domingo, das 13h até o horário de início do espetáculo. Aceita cheque, não aceita cartão.
Estacionamento com manobrista: R$ 8.
Duração: 90 minutos Indicação etária: 14 anos