21 de maio de 2010

Semana do Museu: duas boas opções para sua diversão


Coleção de Cachaças Artesanais e painéis explicativos dão o tom em uma das salas do Museu da Cachaça. A segunda foto mostra as centenas de invenções brasileiras numa das salas da Inventolândia

  
Começa na segunda-feira a 8ª Semana Nacional de Museus no Brasil, promovida pelo Ministério da Cultura e pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), em comemoração ao Dia Internacional de Museus, que foi na terça-feira (18/05). O evento, realizado entre os dias 17 e 23 de maio, tem o objetivo de promover a integração das instituições museológicas e aumentar a visitação.

Conheça duas opções bem brasileiras:

Inventolândia – Museu das Invenções Imagine um piano dobrável, uma churrasqueira descartável ou um chuveiro portátil. Quer mais? Suporte para Leitura, Vela Comestível, Monitor Postural e Máquina de Gelar Líquidos rapidamente também estão em exposição. Podem até parecer objetos dignos da criação de cientistas, mas esses objetos existem, funcionam e estão expostos na Inventolândia, o Museu das Invenções. Inaugurado em 1996, o projeto da ANI – Associação Nacional dos Inventores recebe mais de 2 mil visitantes por mês entre crianças, adultos e turistas que visitam a cidade de São Paulo.

Os mais de 500 itens em exposição aguçam a curiosidade de todos que passam pelo local. “É muito interessante que as pessoas tomem contato com o mundo das invenções e das inovações tecnológicas. Diferentemente de outros países, no Brasil não se cultiva o hábito de pesquisar a história dos inventos. Precisamos mudar urgentemente essa realidade”, reflete Carlos Mazzei, presidente da ANI.

Além de valorizar o inventor, a Inventolândia funciona como uma importante vitrine para que os produtos que hoje parecem inimagináveis tornem-se uma realidade num futuro não muito distante. “Recebemos a visita de muitos empresários que encontram aqui diversas invenções de interesse. O Museu acaba funcionando como um grande ponto de encontro entre os inventores e o mercado”, orgulha-se Mazzei.

E alguns visitantes acabam se inspirando nos inventos expostos para criarem suas próprias peças. “O Museu prova que a criatividade não tem limites e que qualquer pessoa pode tornar-se um inventor”, enfatiza. “É um grande impulso ao empreendedorismo”.

Serviço:

Museu das Invenções
Rua Dr. Homem de Mello, 1109 – Perdizes – São Paulo – SP.
Funciona de segunda à sexta-feira, das 10h às 17h30.
A entrada custa R$ 10.
Os agendamentos de visitas são feitos pelo (11) 3873-3211.

Museu da Cachaça – Toda a história do destilado tipicamente brasileiro pode ser conhecida no Museu da Cachaça, idealizado e mantido pela Água Doce Cachaçaria em Tupã, cidade do interior de São Paulo. A novidade fica por conta da grande reforma e ampliação do espaço. “Praticamente, duplicamos o tamanho do Museu, que agora tem quatro salas tematizadas”, comenta Delfino Golfeto, o Embaixador da Cachaça no Brasil.

Segundo Golfeto, a intenção desta ampliação foi dar mais espaço para que os visitantes aproveitem a visita. Outra ideia é a de também disponibilizar peças que ficavam guardadas, longe da visão curiosa dos estudantes que visitam, em grupos, o local. “A história da cachaça se confunde com a história do Brasil porque a bebida foi criada pelos escravos, que não tinham acesso a outros destilados, por puro acidente: eles estavam manipulando a cana no preparo do açúcar. Era costume que os escravos separassem, sem que seus senhores soubessem, uma parte da produção para consumo nas senzalas. Porém, por um descuido, a ‘massa da cana’ fermentou e virou cachaça”, comenta o Embaixador.

Uma das intenções de Golfeto e da rede Água Doce Cachaçaria, com 103 restaurantes distribuídos em todo o Brasil, é desfazer o mito de que a cachaça faz mal e enfatizar a verdadeira importância do destilado nacional. “É preciso tornar o destilado brasileiro um orgulho nacional e mostrar que, quando consumida com consciência, a cachaça não vicia. Além de gerar emprego e renda, a da Cachaça Artesanal pode promover o Brasil no exterior e tem chance de crescer muito. Basta que, como tudo, o produto seja consumido com moderação e apreciado nos momentos corretos. Isso também é ensinado aos jovens que visitam nosso Museu”, diz Golfeto.

O breve relato de Golfeto mostra realmente que a história da cachaça funde-se à do Brasil. No Museu da Cachaça, dados curiosos, peças de engenho, garrafas e a coleção particular de Delfino Golfeto estão à disposição dos visitantes. Guiada e gratuita, a visita pode ser realizada em qualquer dia da semana. São quatro salas distintas, somando quase 1.000 m2 de área.

Serviço

Museu da Cachaça
Rua Nhambiquaras, 385 - Vila Aviação – Tupã - SP
Telefones: (14) 3441-2321 / 3441-4337
Entrada franca.

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