Cantoras fazem sucesso com cânticos
negros de escravidão e sambas de terreiro
O cancioneiro negro, advindo dos ritos religiosos da África, trazido pelos escravos, e que teve seu apogeu com Clara Nunes, nos anos 70, agora novamente vem alcançando popularidade com uma série de cantoras. Entre as atrações “afro-brasileiras” três nomes despontam no cenário: a paulistana Graça Braga, a carioca Aline Calixto e a maranhense Rita Ribeiro.
Parafraseando o Budismo, onde um Buda pode reencarnar em várias pessoas diferentes, Clara Nunes revive em novas obras e performances competentes e, arrebata uma nova onda de fãs.
O primeiro exemplo é Graça Braga, paulistana criada na roda de samba e que integra a Comunidade Samba da Vela e o Berço do Samba de São Mateus. A cantora e compositora, com mais de 30 anos de carreira, recebeu o certificado de reconhecimento de difusão do samba, outorgado pela Assembléia Legislativa de São Paulo. Seu novo cd, “Eu Sou Brasil” conta com afoxés, cocos, sambas de terreiro como a imperdível Por Liberdade, um verdadeiro cântico escravo de libertação e ainda canções como Terreiro Brasil, Kissanga e Balaio de Sinhá, todas com fortes influências da africanidade. www.gracabraga.com
Aline Calixto é uma nova cantora que segue a característica biográfica de Milton Nascimento, carioca de berço, mineira de criação. Em seu cd de estréia “Aline Calixto”, lançado pela Warner Music, a cantora, com voz doce e timbre agradável, apostou em sambas de terreiro como Oxossi e Rainha das Águas. Aline venceu alguns prêmios de música, entre eles, “Novos Bambas do Velho Samba”, em 2008, conferido pela tradicional casa Carioca da Gema. www.alinecalixto.com.br
Já a Tecnomacumba da maranhense Rita Ribeiro rendeu um disco ao vivo inesquecível com participação de Maria Bethânia. A cantora, com mais de 20 anos de carreira, percorreu o Brasil inteiro com seu espetáculo e foi visto por mais de 200 mil pessoas. O cd mistura elementos afro-ameríndios com sons de guitarra e baixo elétricos. Velhos clássicos têm nova roupagem como Cavaleiro de Aruanda (famosa na voz do Ronnie Von), Rainha do Mar, É D`Oxum, Oração ao Tempo (Caetano), Bapá Alapalá (Gilberto Gil), Iansã (Caetano e Gil), entre outras. http://www2.uol.com.br/ritaribeiro/
Clara Nunes representou parte de minha infância, como me recordo de seu canto.
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