Obra de Albert Camus ganha um novo olhar sob direção de Rui Xavier
Com estréia marcada para 17 de outubro, o Núcleo 1408 - Cia de Teatro e Invenção traz ao palco do Teatro Coletivo (antigo Teatro Fábrica) um novo olhar sobre a obra Calígula, de Albert Camus, Prêmio Nobel de Literatura em 1957. O espetáculo, que já teve diversas montagens, desta vez ganha o olhar do jovem diretor Rui Xavier, que há um ano vive o desafio de dar vida ao personagem polêmico do terceiro imperador romano e propõe uma reflexão política capaz de atingir diversos níveis de entendimento. É por meio da interpretação de Daniel Sommerfeld, mais uma vez dirigido por Xavier, e de outros nomes da Cia, que a tragédia se dá, em uma produção independente e não menos ousada que o texto que a sustenta.
A montagem trará à tona ingredientes tradicionais, como heroísmo, loucura, confronto e morte, mas é a paixão, e não aquela da sede de amar, e sim aquela pelo impossível, que faz de Calígula um espetáculo movido por uma loucura respeitável. “Calígula é um homem que se revolta contra a própria vida, ele crê que os homens morrem e não são felizes e luta contra isso. É de sua força e paixão para ir contra tudo que a vida propõe que há muitas possibilidades de reflexão”, explica Rui Xavier.
A peça
Parte da perda de um amor proibido: Drusilla, irmã e amante de Calígula, morre. É quando um príncipe relativamente amável, tomado por uma espécie de loucura, irrompe em cena para expressar seu desejo pelo impossível: ter a lua para si (o mesmo que a felicidade ou a vida eterna). Suas atitudes são delineadas pela violência e horror, pela recusa de sentimentos como amizade e amor e, ainda, pela perversão sistemática que faz com que os senadores que o rodeiam, voltem-se contra ele em uma trama de assassinato que termina em uma espécie de suicídio superior. “Ele (Calígula) deseja ser morto, está consciente que suas atitudes o levarão para isso, e a violência e a loucura das suas ações, que nos impressionam tanto, são para ele uma estratégia”, completa o ator Daniel Sommerfeld.
Além da cúpula que trama sua morte, Calígula tem em sua defesa o escravo liberto e a velha amante resignada. Neste contexto, ainda dividido, o poeta.
Serviço
Peça: Calígula
Local: Teatro Coletivo (antigo Teatro Fábrica) – Rua da Consolação 1623 – Tel. 3255-5922
Estréia: 17/10/09
Apresentações: Sábados, às 21h, e domingos, às 20h
Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (estudantes, idosos e classe)
Duração: 120 minutos
Classificação etária: 18 anos
Local: Teatro Coletivo (antigo Teatro Fábrica) – Rua da Consolação 1623 – Tel. 3255-5922
Estréia: 17/10/09
Apresentações: Sábados, às 21h, e domingos, às 20h
Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (estudantes, idosos e classe)
Duração: 120 minutos
Classificação etária: 18 anos
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